Apesar de guerras e incertezas geopolíticas, o mercado global de fusões e aquisições (M&A) não perde o ritmo. Um levantamento recente do IMAA – Institute for Mergers, Acquisitions & Alliances – mostra que só até abril de 2025 foram movimentados cerca de US$ 230 bilhões em transações em oito setores da economia global. A tecnologia e o setor de energia puxaram a fila com metade do total: juntos somaram US$ 115 bilhões.

A área de software e tecnologia da informação foi destaque absoluto, com US$ 74,3 bilhões em 805 operações, seguida pelo setor de energia e petróleo, com US$ 40,7 bilhões em 232 negócios. Entre as transações mais relevantes, o relatório cita a aquisição da norte-americana Dotmatics pela alemã Siemens e a compra da Colonial Pipeline Company pela canadense Brookfield Infrastructure Partners.

Segundo os analistas Leonardo Grisotto e Jefferson Nesello, sócios e diretores da boutique brasileira de M&A Zaxo, o cenário turbulento não impediu as grandes corporações de seguirem firmes em suas estratégias de crescimento via fusões. “Tecnologia da informação e energia são setores de importância estratégica global. Por isso, continuam atraindo investimentos robustos”, afirmam.

Brasil na rota do M&A
Grisotto e Nesello destacam o crescimento da Zaxo no mercado nacional. Em 2024, a empresa registrou recorde de transações e atualmente possui um pipeline de R$ 600 milhões em negociações de M&A. “Estamos em um momento forte, com empresas buscando posicionamento global mesmo em meio à instabilidade.”

Outros setores também se destacam
Embora TI e energia concentrem os maiores volumes financeiros, o maior número de operações veio do setor de produtos de consumo e serviços: 995 transações, totalizando US$ 33,5 bilhões. Um exemplo marcante é a aquisição da marca Versace pela italiana Prada.

Na saúde, biotecnologia e farmacêutica, as transações somaram US$ 35,6 bilhões, com 495 operações. Entre elas, a compra da SpringWorks (EUA) pela alemã Merck e da Regulus pela suíça Novartis mostram o apetite internacional por ativos do setor. “Esses setores têm alcance global e presença relevante no Brasil”, observam os diretores da Zaxo.

Confira os setores com maiores fusões e aquisições até abril de 2025, segundo o IMAA:

Movimento segue forte em meio às tensões globais
Mesmo diante de conflitos como as guerras na Ucrânia, Oriente Médio e África, e a intensificação das tarifas comerciais entre EUA, China e Europa, a tendência é de que o mercado de M&A siga dinâmico. A atuação de grandes grupos internacionais aponta que a busca por inovação, escala e sinergias segue como prioridade estratégica.

Estudo realizado com mais de 20 mil transações entre 1990 e 2023 revela que, a cada 1% em crescimento potencial, o valor da aquisição aumenta em 16%, mesmo em meio às incertezas econômicas

Em meio a incertezas econômicas, pressões regulatórias e um cenário global de juros instáveis, o mercado de fusões e aquisições (M&A) na saúde não apenas resiste, mas evolui. Movimentado por grandes redes hospitalares, operadoras, laboratórios e farmacêuticas, o segmento acelera sua transformação por meio da consolidação, da diversificação e de uma corrida por escala e eficiência.

Segundo dados da PitchBook, o primeiro trimestre de 2025 apresentou uma desaceleração no volume de transações de M&A, reflexo natural de um ambiente global mais cauteloso. Ainda assim, o setor de saúde se manteve como um dos protagonistas desse cenário, respondendo por 8% do volume global de fusões e aquisições e por 10,7% do valor total movimentado, o equivalente a US$ 112,6 bilhões.

Entre 2003 e 2023, o setor de saúde no Brasil registrou 817 transações de M&A, posicionando-se entre os 10 segmentos mais ativos no país, é o que mostra o levantamentos realizados pela KPMG. Segundo estudos do setor, nos últimos anos, aproximadamente 500 dessas transações geraram um faturamento conjunto de quase R$ 90 bilhões. Essas operações foram lideradas por grupos como Rede D’Or, Intermédica, Dasa, DaVita, Hapvida, Fleury, Oncoclínicas, Sabin, Viveo e Hermes Pardini. A pesquisa “Fusões e Aquisições 2023 – 4º trimestre”, conduzida pela KPMG, apresenta um ranking setorial acumulado de transações por setor desde 2004. Assim, o setor de saúde tem se mantido entre os mais dinâmicos no mercado de fusões e aquisições no Brasil, com uma média de uma transação a cada nove dias. Em momentos específicos, como em 2021, chegou a ocupar o segundo lugar em volume de negócios.

Assim, o setor de saúde tem se mantido entre os mais ativos no mercado de fusões e aquisições no Brasil, com uma média de uma transação a cada nove dias. Em momentos específicos, como em 2021, chegou a ocupar o segundo lugar em volume de negócios.

De acordo com levantamento da Bain & Company, só em 2023, 70% das transações no setor de saúde envolveram prestadores de serviços assistenciais, com foco na ampliação da base de atendimento. A tendência para os próximos anos aponta para uma movimentação cada vez mais estratégica, voltada também à entrada em novos elos da cadeia e a modelos de atendimento mais integrados e digitais.

Entre os movimentos mais relevantes, está a fusão das operações hospitalares da Diagnósticos da América (Dasa) e da Amil, criando uma joint venture com receita próxima de R$ 10 bilhões. Outro destaque foi a proposta da EMS para fusão com a Hypera, mirando a liderança absoluta na produção de medicamentos no país.

Para o sócio da Zaxo M&A Partners, boutique de M&A especializada em assessorar investidores e empresas, Leonardo Grisotto, o setor de saúde tem características únicas que favorecem esse dinamismo. “Empresas com boa governança, tecnologia embarcada e visão de longo prazo se destacam. A antecipação de movimentos do mercado, especialmente em saúde, onde há pressão constante por escala e qualidade, pode ser decisiva”, afirma.

Segundo ele, para cada 1% de incremento nas chamadas opções de crescimento da empresa-alvo, o valor do negócio pode subir até 16%. “Isso mostra como uma análise bem-feita é capaz de transformar incerteza em retorno real para o investidor”, completa.

A expectativa é que o ciclo positivo continue, e o setor deve continuar crescendo em 2025, impulsionado por lacunas nos portfólios, desafios logísticos e revisões regulatórias. A Zaxo, por sua vez, fechou um recorde de deals em 2024 e projeta superar R$ 600 milhões em valores transacionados em 2025, consolidando-se como uma das principais assessorias do país em M&As no setor de saúde. “Se há uma lição que aprendemos com o mercado global de M&A ao longo das últimas três décadas, é que a resiliência e a adaptabilidade são os maiores ativos. E, no Brasil, essas qualidades são essenciais para transformar o que muitos veem como risco em vantagem competitiva”, conclui Ronaldo Rodrigues.

Levantamentos recentes indicam que o setor de saúde ocupa posição de destaque no mercado brasileiro de fusões e aquisições (M&A). Entre 2003 e 2023, foram registradas 817 transações no segmento, segundo dados da KPMG. O volume posiciona a saúde entre os dez setores mais ativos no país, com média de uma transação a cada nove dias. Em 2021, o setor chegou a ocupar o segundo lugar em volume de negócios.

O movimento de consolidação é liderado por grandes grupos como Rede D’Or, Intermédica, Dasa, DaVita, Hapvida, Fleury, Oncoclínicas, Sabin, Viveo e Hermes Pardini. Nos últimos anos, cerca de 500 transações geraram faturamento conjunto de quase R$ 90 bilhões. De acordo com a KPMG, o setor tem mantido protagonismo, mesmo em cenários de instabilidade econômica e juros elevados.

Estudo da Bain & Company mostra que 70% das transações no setor em 2023 envolveram prestadores de serviços assistenciais, com foco na ampliação da base de atendimento. A expectativa para os próximos anos é de uma atuação ainda mais estratégica, incluindo a entrada em novos elos da cadeia de saúde e a adoção de modelos integrados e digitais.

No primeiro trimestre de 2025, o setor respondeu por 8% do volume global de transações de M&A e por 10,7% do valor total movimentado, somando US$ 112,6 bilhões, segundo dados da PitchBook.

Entre as movimentações mais relevantes no período estão a fusão das operações hospitalares da Dasa com a Amil, criando uma joint venture com receita próxima de R$ 10 bilhões, e a proposta da EMS para fusão com a Hypera, com objetivo de liderar o mercado de medicamentos no Brasil.

Para Leonardo Grisotto, sócio da Zaxo M&A Partners, o dinamismo do setor está ligado a fatores como governança, inovação e visão de longo prazo. “Empresas com boa governança, tecnologia embarcada e visão estratégica se destacam. Antecipar movimentos pode ser decisivo”, afirma.

Jefferson Nesello, sócio-fundador da Zaxo, destaca que momentos de incerteza podem representar oportunidades. “A saúde é essencial e resiliente. Quem analisa bem os ativos consegue capturar valor futuro mesmo em cenários adversos”, avalia.

Estudo da Zaxo, conduzido por Ronaldo Rodrigues, analisou mais de 20 mil transações em 18 países entre 1990 e 2023. Os dados indicam que, embora a incerteza econômica possa reduzir em até 6,7% o valor de aquisição, essa perda pode ser mitigada para 1% quando a empresa-alvo apresenta alto potencial de crescimento.

O levantamento também revela que, para cada 1% de incremento nas chamadas “opções de crescimento” da empresa-alvo, o valor da transação pode subir até 16%. “Isso mostra como uma análise bem-feita é capaz de transformar incerteza em retorno real”, afirma Rodrigues.

A Zaxo fechou um recorde de negócios em 2024 e projeta superar R$ 600 milhões em valores transacionados em 2025, consolidando sua atuação no setor de saúde.

Apesar das incertezas do cenário global, o mercado de fusões e aquisições (ou M&A, sigla para mergers and acquisitions) no mundo segue aquecido. Report mais recente do IMAA – Institute for Mergers, Acquisitions & Aliances, com dados de 2025 consolidados até abril em oito setores da economia, mostra transações da ordem de US$ 230 bilhões em todo o planeta.

Os setores de software e tecnologia da informação e de energia e petróleo foram os que mais movimentaram recursos em fusões e aquisições: US$ 115 bilhões, praticamente metade da soma das oito atividades analisadas. O setor de software e TI respondeu por US$ 74,3 bilhões (com 805 operações mapeadas) e o de energia e petróleo, por US$ 40,7 bilhões, com 232 transações.

O relatório destaca algumas dessas operações. No setor de software e TI está, por exemplo, a aquisição da estadunidense Dotmatics, desenvolvedora de software, pela gigante alemã Siemens. No setor de energia e petróleo, também houve aquisição de empresas dos Estados Unidos por companhias canadenses: a Capital Power, que comprou a LS Power, e a Brookfield Infrastructure Partners, que adquiriu a Colonial Pipeline Company.

Para os analistas Leonardo Grisotto e Jefferson Nesello, o report do IMAA confirma que, a despeito da conturbada conjuntura internacional, as grandes companhias do planeta seguem apostando em fusões e aquisições como estratégia. Guerras na Ucrânia, no Oriente Médio e na África; e o tarifaço dos Estados Unidos, atingindo principalmente China e Europa, estão entre os acontecimentos que abalam as relações geopolíticas mundiais.

Grisotto e Nesello são sócios e diretores da Zaxo, boutique de M&A brasileira que, no último ano bateu recorde de transações (foram 2 em buy side, 1 em sell side e JV) e tem pipeline atual acumulado emR$ 600 milhões em valores de transações em fusões e aquisições em assessoria. “De fato, justamente pela importância estratégica dessas atividades no cenário global, tecnologia da informação e energia e petróleo têm mobilizado grandes recursos em M&A”, pontuam.

Já em quantidade de transações, outras atividades se sobressaem. O relatório do IMMA indica que no setor de produtos de consumo e serviços houve a maior quantidade de operações: 995 (ante as 885 de software e TI). Elas somaram US$ 33,5 bilhões. “Entre essas operações está o movimento da conhecida marca Prada, da Itália, que adquiriu sua concorrente Versace, do mesmo país”, citam os analistas.

Os diretores da Zaxo lançam luz ainda sobre dois outros setores: o de saúde e o de farmácia e biotecnologia. Juntos, contabilizaram 495 operações, envolvendo US$ 35,6 bilhões. Nessas duas atividades, por exemplo, a gigante suíça Novartis comprou a estadunidense Regulus; outra empresa dos Estados Unidos, a SpringWorks, foi adquirida por uma estrangeira – a alemã Merck.

“Esses dois setores, saúde e biotecnologia, também se mostram bastante aquecidos quando o assunto é M&A. Os recursos envolvidos são menores se comparados à energia e petróleo, e software e tecnologia. Mas reúnem players de grande alcance mundial, inclusive com atuação no Brasil”, observam os analistas.

Confira as fusões e aquisições globais mapeadas pelo IMMA

O mercado de óleo e gás está sujeito aos efeitos da instabilidade no cenário internacional, mas isso não tem sido capaz de frear o ritmo de fusões e aquisições (M&A, na sigla em inglês) no segmento. O levantamento mais recente do Institute for Mergers, Acquisitions & Alliances (IMAA), com dados consolidados até abril de 2025, foram 232 transações, movimentando um montante de  US$ 40,7 bilhões. Na avaliação dos analistas Leonardo Grisotto e Jefferson Nesello, sócios e diretores da Zaxo,, o relatório do IMAA reforça que, mesmo diante de um panorama internacional conturbado, as grandes corporações globais continuam investindo em fusões e aquisições como uma tática estratégica. Entre os fatores que influenciam esse contexto estão os conflitos armados na Ucrânia, no Oriente Médio e na África, além da imposição de tarifas comerciais por parte dos Estados Unidos, impactando sobretudo China e Europa.

As áreas de software e tecnologia da informação, além de energia e petróleo, lideraram em volume financeiro: juntas, responderam por aproximadamente metade do montante total analisado, somando US$ 115 bilhões. O setor de software e TI registrou US$ 74,3 bilhões em 805 negócios. O relatório da IMMA destaca algumas dessas movimentações relevantes. No campo de software e TI, aparece a compra da americana Dotmatics, desenvolvedora de softwares, pela multinacional alemã Siemens. Já no setor energético, empresas canadenses adquiriram companhias dos Estados Unidos — como foi o caso da Capital Power, que comprou a LS Power, e da Brookfield Infrastructure Partners, que adquiriu a Colonial Pipeline Company.

Os especialistas da Zaxo, empresa brasileira especializada em M&A, também chamam atenção para dois outros setores relevantes: saúde e o segmento combinado de farmácia e biotecnologia. Juntos, eles somaram 495 operações, movimentando US$ 35,6 bilhões. Entre os destaques estão a aquisição da norte-americana Regulus pela suíça Novartis e a compra da também americana SpringWorks pela alemã Merck. “Os setores de saúde e biotecnologia continuam dinâmicos no cenário de M&A. Embora os valores sejam mais baixos em comparação com os de energia e tecnologia, esses segmentos envolvem empresas de alcance internacional — muitas com atuação no Brasil”, destacam Grisotto e Nesello.

A própria Zaxo sente os efeitos positivos desse maior número de fusões e aquisições. No último ano, a empresa atingiu recorde de operações — com duas transações do lado comprador (buy side), uma do lado vendedor (sell side) e uma joint venture — e atualmente tem um pipeline de R$ 600 milhões em negócios sob assessoria. “Justamente por seu peso estratégico na economia global, os setores de tecnologia e de energia seguem atraindo altos volumes de investimento em M&A”, explicam os executivos.

O documento da IMAA aponta ainda para outros destaques. O setor de produtos de consumo e serviços, por exemplo, liderou em quantidade de operações, com 995 negócios — à frente dos 885 registrados em software e TI — totalizando US$ 33,5 bilhões. “Entre essas transações está a compra da grife italiana Versace por sua conterrânea Prada”, finalizam os analistas.

Confira o panorama global de M&A segundo o IMAA:

Software e TI: US$ 74,3 bilhões – 805 transações

Energia e petróleo: US$ 40,7 bilhões – 232 transações

Produtos de consumo e serviços: US$ 33,5 bilhões – 995 transações

Saúde: US$ 24,9 bilhões – 397 transações

Química: US$ 21,9 bilhões – 161 transações

Mídia e entretenimento: US$ 16,9 bilhões – 387 transações

Farmácia e biotecnologia: US$ 11,8 bilhões – 98 transações

Inteligência artificial: US$ 3,1 bilhões – 11 transações

Mesmo com a instabilidade global, o mercado de aquisições segue aquecido

Apesar de guerras em diversas regiões, tarifas agressivas dos Estados Unidos e tensão geopolítica crescente, o mercado mundial de fusões e aquisições (M&A) não esfriou em 2025. Segundo o relatório publicado em abril pelo Institute for Mergers, Acquisitions & Alliances (IMAA), as operações de M&A somaram US$ 230 bilhões apenas nos quatro primeiros meses do ano.

Setores de tecnologia, petróleo e energia dominam o topo dos investimentos

Conforme o levantamento internacional, os setores de software, tecnologia da informação, energia e petróleo concentraram quase metade dos valores totais negociados no período. Enquanto software e TI movimentaram US$ 74,3 bilhões em 805 transações, o setor de energia e petróleo registrou US$ 40,7 bilhões em 232 negócios fechados. Esses dois setores, juntos, responderam por 50% do volume total de negociações registradas até abril de 2025. Além disso, os dados mostram que as grandes corporações continuam apostando em tecnologia e energia como pilares para expansão em 2025.

Aquisições reforçam o movimento de gigantes globais

Nesse cenário, a gigante Siemens (Alemanha) adquiriu a Dotmatics (EUA) no setor de tecnologia, o que ilustra claramente a corrida por inovação. Do mesmo modo, empresas canadenses avançaram sobre o mercado energético dos Estados Unidos: a Capital Power comprou a LS Power, enquanto a Brookfield Infrastructure levou a Colonial Pipeline. Com isso, fica evidente que, mesmo com pressões externas, a busca por ativos estratégicos continua firme entre os líderes do setor.

Consultoria brasileira entra no radar e cresce com força

Enquanto grandes corporações se movimentam globalmente, o Brasil também entrou no jogo com destaque. A Zaxo, consultoria nacional especializada em M&A, concluiu três operações em 2024: duas compras, uma venda e uma joint venture.

Leonardo Grisotto e Jefferson Nesello, diretores da empresa, explicam que a estratégia de crescimento via aquisição vem se intensificando, mesmo diante de tantas incertezas. Além disso, eles revelam que a empresa alcançou um pipeline de R$ 600 milhões em valores assessorados, o que posiciona a Zaxo entre os principais players do setor no país.

“As fusões e aquisições seguem como uma estratégia fundamental para quem deseja crescer, mesmo em tempos difíceis”, afirmou Grisotto.

Setor de consumo surpreende com o maior número de negócios

Embora os valores tenham sido mais baixos, o setor de produtos de consumo e serviços registrou o maior volume de transações no período. Foram 995 operações, que juntas somaram US$ 33,5 bilhões.

Nesse contexto, destaca-se a aquisição da Versace pela Prada, dois ícones italianos da moda de luxo. Ou seja, o setor de consumo segue relevante, mesmo quando comparado a setores de alto valor como petróleo e tecnologia.

Biotecnologia e saúde mantêm crescimento constante

Além do consumo, os segmentos de saúde, farmácia e biotecnologia também mostraram forte atividade em M&A. Esses setores totalizaram 495 transações, com US$ 35,6 bilhões movimentados entre janeiro e abril.

Entre os casos mais notórios, a Novartis (Suíça) comprou a Regulus (EUA), e a Merck (Alemanha) adquiriu a também americana SpringWorks. Com isso, observa-se que o campo da saúde continua atraente para investidores globais.

Expectativas continuam otimistas para o segundo semestre de 2025

Segundo o IMAA, mesmo com conflitos armados na Ucrânia, no Oriente Médio e na África, e apesar do protecionismo comercial dos EUA contra a China e a Europa, as fusões continuam acontecendo. Portanto, a tendência é que setores como tecnologia, energia, saúde e consumo mantenham o ritmo intenso de negociações ao longo de todo o ano. Além disso, analistas apontam que o apetite corporativo deve crescer ainda mais, caso o cenário econômico melhore no segundo semestre.

E você, acha que esse movimento vai continuar forte até o fim do ano ou que os riscos globais podem frear as negociações?

O mercado global de fusões e aquisições (M&A) segue demonstrando vitalidade em 2025, mesmo diante de um cenário internacional marcado por incertezas geopolíticas e instabilidade econômica. De acordo com o relatório mais recente do Institute for Mergers, Acquisitions & Alliances (IMAA), os setores de energia e petróleo e software e tecnologia da informação foram os principais impulsionadores de negócios no quadrimestre, respondendo juntos por quase US$ 115 bilhões em transações.

Especificamente, o setor de energia e petróleo movimentou US$ 40,7 bilhões em 232 operações, consolidando sua posição como uma das verticais mais estratégicas do planeta no atual ciclo de investimentos. O desempenho coloca o setor à frente de segmentos como saúde, consumo, mídia e biotecnologia, revelando uma clara priorização por ativos que estão no centro da transição energética e da segurança energética global.

Entre os destaques das transações em energia, estão aquisições protagonizadas por grupos canadenses nos Estados Unidos, como a Capital Power, que comprou a LS Power, e a Brookfield Infrastructure Partners, que adquiriu a Colonial Pipeline Company. O movimento demonstra a busca por sinergias operacionais, infraestrutura consolidada e acesso a mercados estratégicos de energia.

Já o setor de software e TI liderou em volume financeiro, com US$ 74,3 bilhões distribuídos em 805 operações. Entre elas, destaca-se a aquisição da empresa norte-americana Dotmatics pela alemã Siemens, evidenciando o apetite europeu por tecnologias de ponta.

M&A avança mesmo com cenário internacional adverso

Os dados compilados pelo IMAA abrangem oito setores da economia global e somam US$ 230 bilhões em fusões e aquisições até abril de 2025. O volume robusto chama atenção, sobretudo diante de uma conjuntura internacional desafiadora, marcada por conflitos prolongados em regiões como Ucrânia, Oriente Médio e África, além da guerra comercial entre Estados Unidos e China, agravada por novas tarifas que impactam cadeias produtivas globais.

Segundo os especialistas Leonardo Grisotto e Jefferson Nesello, sócios da Zaxo, boutique brasileira especializada em M&A, a movimentação no setor de energia tem relação direta com sua importância estratégica. “A despeito das turbulências, energia, petróleo e tecnologia continuam recebendo grandes aportes porque são setores estruturantes para qualquer país. O mundo está em transição energética e digital, e os investidores estão atentos a isso”, apontam.

A Zaxo, que registrou recorde de transações em 2024 (com três operações – duas de buy side e uma de sell side, além de uma joint venture), já acumula pipeline de R$ 600 milhões em processos ativos para o mercado brasileiro, refletindo o interesse contínuo de investidores locais e internacionais.

M&A avança mesmo com cenário internacional adverso

Os dados compilados pelo IMAA abrangem oito setores da economia global e somam US$ 230 bilhões em fusões e aquisições até abril de 2025. O volume robusto chama atenção, sobretudo diante de uma conjuntura internacional desafiadora, marcada por conflitos prolongados em regiões como Ucrânia, Oriente Médio e África, além da guerra comercial entre Estados Unidos e China, agravada por novas tarifas que impactam cadeias produtivas globais.

Segundo os especialistas Leonardo Grisotto e Jefferson Nesello, sócios da Zaxo, boutique brasileira especializada em M&A, a movimentação no setor de energia tem relação direta com sua importância estratégica. “A despeito das turbulências, energia, petróleo e tecnologia continuam recebendo grandes aportes porque são setores estruturantes para qualquer país. O mundo está em transição energética e digital, e os investidores estão atentos a isso”, apontam.

A Zaxo, que registrou recorde de transações em 2024 (com três operações – duas de buy side e uma de sell side, além de uma joint venture), já acumula pipeline de R$ 600 milhões em processos ativos para o mercado brasileiro, refletindo o interesse contínuo de investidores locais e internacionais.

Outros setores em destaque

Em número de operações, o setor de produtos de consumo e serviços liderou com 995 transações, totalizando US$ 33,5 bilhões. O volume expressivo de negócios inclui movimentações de grandes marcas, como a aquisição da italiana Versace pela também italiana Prada, destacando a consolidação em segmentos de luxo e varejo.

O setor de saúde e biotecnologia também manteve sua atratividade, com 495 transações que somaram US$ 35,6 bilhões. Destaque para a suíça Novartis, que adquiriu a norte-americana Regulus, e para a compra da SpringWorks, dos EUA, pela alemã Merck. “Ainda que os valores não se comparem aos dos setores de energia e tecnologia, esses segmentos reúnem players globais e altamente inovadores”, analisam Grisotto e Nesello.

O setor de inteligência artificial (IA), apesar de contar com apenas 11 operações, movimentou US$ 3,1 bilhões, revelando o alto valor agregado dessas transações, mesmo com volume reduzido.

Energia em destaque global e no Brasil

O protagonismo do setor energético no mercado de fusões e aquisições é um reflexo direto da transição energética mundial. O movimento abrange desde ativos de infraestrutura tradicional – como redes de dutos e geração térmica – até renováveis, armazenamento e eficiência energética. O interesse crescente por ativos de energia também dialoga com compromissos de descarbonização, pressões regulatórias e aumento da demanda por energia limpa e segura.

No Brasil, especialistas apontam que os processos de M&A no setor devem se intensificar em 2025 e 2026, com o avanço da abertura do mercado livre, movimentações em infraestrutura de transmissão e consolidação em geração distribuída e solar fotovoltaica. “O Brasil é um dos poucos países com base energética majoritariamente renovável, o que o coloca no radar de investidores internacionais”, afirma Nesello.

Report mais recente do IMAA – Institute for Mergers, Acquisitions & Aliances mostra que só nas duas atividades foram US$ 115 bilhões em transações

Apesar das incertezas do cenário global, o mercado de fusões e aquisições (ou M&A, sigla para mergers and acquisitions) no mundo segue aquecido. Report mais recente do IMAA – Institute for Mergers, Acquisitions & Aliances, com dados de 2025 consolidados até abril em oito setores da economia, mostra transações da ordem de US$ 230 bilhões em todo o planeta.

Os setores de software e tecnologia da informação e de energia e petróleo foram os que mais movimentaram recursos em fusões e aquisições: US$ 115 bilhões, praticamente metade da soma das oito atividades analisadas. O setor de software e TI respondeu por US$ 74,3 bilhões (com 805 operações mapeadas) e o de energia e petróleo, por US$ 40,7 bilhões, com 232 transações.

O relatório destaca algumas dessas operações. No setor de software e TI está, por exemplo, a aquisição da estadunidense Dotmatics, desenvolvedora de software, pela gigante alemã Siemens. No setor de energia e petróleo, também houve aquisição de empresas dos Estados Unidos por companhias canadenses: a Capital Power, que comprou a LS Power, e a Brookfield Infrastructure Partners, que adquiriu a Colonial Pipeline Company.

Para os analistas Leonardo Grisotto e Jefferson Nesello, o report do IMAA confirma que, a despeito da conturbada conjuntura internacional, as grandes companhias do planeta seguem apostando em fusões e aquisições como estratégia. Guerras na Ucrânia, no Oriente Médio e na África; e o tarifaço dos Estados Unidos, atingindo principalmente China e Europa, estão entre os acontecimentos que abalam as relações geopolíticas mundiais.

Grisotto e Nesello são sócios e diretores da Zaxo, boutique de M&A brasileira que, no último ano bateu recorde de transações (foram 2 em buy side, 1 em sell side e JV) e tem pipeline atual acumulado emR$ 600 milhões em valores de transações em fusões e aquisições em assessoria. “De fato, justamente pela importância estratégica dessas atividades no cenário global, tecnologia da informação e energia e petróleo têm mobilizado grandes recursos em M&A”, pontuam.

Já em quantidade de transações, outras atividades se sobressaem. O relatório do IMMA indica que no setor de produtos de consumo e serviços houve a maior quantidade de operações: 995 (ante as 885 de software e TI). Elas somaram US$ 33,5 bilhões. “Entre essas operações está o movimento da conhecida marca Prada, da Itália, que adquiriu sua concorrente Versace, do mesmo país”, citam os analistas.

Os diretores da Zaxo lançam luz ainda sobre dois outros setores: o de saúde e o de farmácia e biotecnologia. Juntos, contabilizaram 495 operações, envolvendo US$ 35,6 bilhões. Nessas duas atividades, por exemplo, a gigante suíça Novartis comprou a estadunidense Regulus; outra empresa dos Estados Unidos, a SpringWorks, foi adquirida por uma estrangeira – a alemã Merck.

“Esses dois setores, saúde e biotecnologia, também se mostram bastante aquecidos quando o assunto é M&A. Os recursos envolvidos são menores se comparados à energia e petróleo, e software e tecnologia. Mas reúnem players de grande alcance mundial, inclusive com atuação no Brasil”, observam os analistas.

Confira as fusões e aquisições globais mapeadas pelo IMMA

MAIS INFORMAÇÕES

Sobre a Zaxo: https://www.zaxogroup.com/ 

Em meio a incertezas econômicas, pressões regulatórias e um cenário global de juros instáveis, o mercado de Fusões e Aquisições (M&A) na saúde não apenas resiste, mas evolui. Movimentado por grandes redes hospitalares, operadoras, laboratórios e farmacêuticas, o segmento acelera sua transformação por meio da consolidação, da diversificação e de uma corrida por escala e eficiência.

Segundo dados da PitchBook, o primeiro trimestre de 2025 apresentou uma desaceleração no número de transações de M&A, reflexo natural de um ambiente global mais cauteloso. Ainda assim, o setor de saúde se manteve como um dos protagonistas desse cenário, respondendo por 8% do volume global de fusões e aquisições e por 10,7% do valor total movimentado, o equivalente a US$ 112,6 bilhões.

Entre 2003 e 2023, o setor de saúde no Brasil registrou 817 transações de M&A, posicionando-se entre os dez segmentos mais ativos no país, é o que mostra o levantamentos realizados pela KPMG. Segundo estudos do setor, nos últimos anos, aproximadamente 500 dessas transações geraram um faturamento conjunto de quase R$ 90 bilhões. Essas operações foram lideradas por grupos como Rede D’Or, Intermédica, Dasa, DaVita, Hapvida, Fleury, Oncoclínicas, Sabin, Viveo e Hermes Pardini. A pesquisa “Fusões e Aquisições 2023 – 4º trimestre”, conduzida pela KPMG, apresenta um ranking setorial acumulado de transações por setor desde 2004. Assim, o setor de saúde tem se mantido entre os mais dinâmicos no mercado de fusões e aquisições no Brasil, com uma média de 1 transação a cada 9 dias. Em momentos específicos, como em 2021, chegou a ocupar o segundo lugar em volume de negócios.

Assim, o setor de saúde tem se mantido entre os mais ativos no mercado de fusões e aquisições no Brasil, com uma média de 1 transação a cada 9 dias. Em momentos específicos, como em 2021, chegou a ocupar o segundo lugar em volume de negócios.

De acordo com levantamento da Bain & Company, só em 2023, 70% das transações no setor de saúde envolveram prestadores de serviços assistenciais, com foco na ampliação da base de atendimento. A tendência para os próximos anos aponta para uma movimentação cada vez mais estratégica, voltada também à entrada em novos elos da cadeia e a modelos de atendimento mais integrados e digitais.

Entre os movimentos mais relevantes, está a fusão das operações hospitalares da Diagnósticos da América (Dasa) e da Amil, criando uma joint venture com receita próxima de R$ 10 bilhões. Outro destaque foi a proposta da EMS para fusão com a Hypera, mirando a liderança absoluta na produção de medicamentos no país.

Para o sócio da Zaxo M&A Partners, boutique de M&A (Mergers and Acquisitions) especializada em assessorar investidores e empresas em processos de Fusões e Aquisições, Leonardo Grisotto, o setor de saúde tem características únicas que favorecem esse dinamismo. “Empresas com boa governança, tecnologia embarcada e visão de longo prazo se destacam. A antecipação de movimentos do mercado, especialmente em saúde, onde há pressão constante por escala e qualidade, pode ser decisiva”, afirma.

Já o sócio-fundador da Zaxo, Jefferson Nesello, ressalta que momentos de incerteza podem se tornar verdadeiras alavancas de crescimento para investidores preparados. “A saúde é essencial e resiliente. Em tempos de instabilidade, o Brasil se torna ainda mais estratégico. Quem sabe analisar bem os ativos consegue capturar valor futuro em operações que, à primeira vista, pareceriam arriscadas, conseguindo transformar esses momentos em oportunidades, especialmente em setores altamente competitivos”, avalia.

Um estudo da própria Zaxo, liderado pelo Senior Associate Ronaldo Rodrigues, analisou mais de 20 mil transações de M&A em 18 países, entre 1990 e 2023. A conclusão é de que a incerteza econômica pode reduzir em até 6,7% o valor de aquisição de uma empresa. No entanto, quando a companhia-alvo apresenta alto potencial de crescimento, com escalabilidade, inovação e diferenciais operacionais, essa perda é mitigada para cerca de 1%.

“Na saúde, isso é muito relevante. Negócios com modelos replicáveis, por exemplo, ou healthtechs que trazem soluções para redução de custo assistencial atraem múltiplos mais altos, mesmo em cenários adversos. O que parece risco para alguns pode ser uma vantagem competitiva para quem sabe o que está comprando”, explica Rodrigues.

Segundo ele, para cada 1% de incremento nas chamadas “opções de crescimento” da empresa-alvo, o valor do negócio pode subir até 16%. “Isso mostra como uma análise bem-feita é capaz de transformar incerteza em retorno real para o investidor”, completa.

A expectativa é que o ciclo positivo continue, e o setor deve continuar crescendo em 2025, impulsionado por lacunas nos portfólios, desafios logísticos e revisões regulatórias.

A Zaxo, por sua vez, fechou um recorde de deals em 2024 e projeta superar R$ 600 milhões em valores transacionados em 2025, consolidando-se como uma das principais assessorias do país em M&As no setor de saúde.

“Se há uma lição que aprendemos com o mercado global de M&A ao longo das últimas três décadas, é que a resiliência e a adaptabilidade são os maiores ativos. E, no Brasil, essas qualidades são essenciais para transformar o que muitos veem como risco em vantagem competitiva”, conclui Ronaldo Rodrigues.

Tecnologia, Energia e Petróleo Lideram Fusões e Aquisições Globais: Análise de Especialista em M&A
Report mais recente do IMAA – Institute for Mergers, Acquisitions & Aliances mostra que só nas duas atividades foram US$ 115 bilhões em transações

Apesar das incertezas do cenário global, o mercado de fusões e aquisições (ou M&A, sigla para mergers and acquisitions) no mundo segue aquecido. Report mais recente do IMAA – Institute for Mergers, Acquisitions & Aliances, com dados de 2025 consolidados até abril em oito setores da economia, mostra transações da ordem de US$ 230 bilhões em todo o planeta.

Os setores de software e tecnologia da informação e de energia e petróleo foram os que mais movimentaram recursos em fusões e aquisições: US$ 115 bilhões, praticamente metade da soma das oito atividades analisadas. O setor de software e TI respondeu por US$ 74,3 bilhões (com 805 operações mapeadas) e o de energia e petróleo, por US$ 40,7 bilhões, com 232 transações.

O relatório destaca algumas dessas operações. No setor de software e TI está, por exemplo, a aquisição da estadunidense Dotmatics, desenvolvedora de software, pela gigante alemã Siemens. No setor de energia e petróleo, também houve aquisição de empresas dos Estados Unidos por companhias canadenses: a Capital Power, que comprou a LS Power, e a Brookfield Infrastructure Partners, que adquiriu a Colonial Pipeline Company.

Para os analistas Leonardo Grisotto e Jefferson Nesello, o report do IMAA confirma que, a despeito da conturbada conjuntura internacional, as grandes companhias do planeta seguem apostando em fusões e aquisições como estratégia. Guerras na Ucrânia, no Oriente Médio e na África; e o tarifaço dos Estados Unidos, atingindo principalmente China e Europa, estão entre os acontecimentos que abalam as relações geopolíticas mundiais. Grisotto e Nesello são sócios e diretores da Zaxo, boutique de M&A brasileira que, no último ano bateu recorde de transações (foram 2 em buy side, 1 em sell side e JV) e tem pipeline atual acumulado emR$ 600 milhões em valores de transações em fusões e aquisições em assessoria. “De fato, justamente pela importância estratégica dessas atividades no cenário global, tecnologia da informação e energia e petróleo têm mobilizado grandes recursos em M&A”, pontuam.

Já em quantidade de transações, outras atividades se sobressaem. O relatório do IMMA indica que no setor de produtos de consumo e serviços houve a maior quantidade de operações: 995 (ante as 885 de software e TI). Elas somaram US$ 33,5 bilhões. “Entre essas operações está o movimento da conhecida marca Prada, da Itália, que adquiriu sua concorrente Versace, do mesmo país”, citam os analistas.

Os diretores da Zaxo lançam luz ainda sobre dois outros setores: o de saúde e o de farmácia e biotecnologia. Juntos, contabilizaram 495 operações, envolvendo US$ 35,6 bilhões. Nessas duas atividades, por exemplo, a gigante suíça Novartis comprou a estadunidense Regulus; outra empresa dos Estados Unidos, a SpringWorks, foi adquirida por uma estrangeira – a alemã Merck.

“Esses dois setores, saúde e biotecnologia, também se mostram bastante aquecidos quando o assunto é M&A. Os recursos envolvidos são menores se comparados à energia e petróleo, e software e tecnologia. Mas reúnem players de grande alcance mundial, inclusive com atuação no Brasil”, observam os analistas.

Confira as fusões e aquisições globais mapeadas pelo IMMA

Software e tecnologia da informação: US$ 74,3 bilhões. 805 transações
Energia e petróleo: US$ 40,7 bilhões. 232 transações
Produtos de consumo e serviços: US$ 33,5 bilhões. 995 transações
Saúde: US$ 24,9 bilhões. 397 transações
Química: US$ 21,9 bilhões. 161 transações
Mídia e entretenimento: US$ 16,9 bilhões. 387 transações
Farmácia e biotecnologia: US$ 11,8 bilhões. 98 transações
Inteligência artificial: US$ 3,1 bilhões. 11 transações

Report mais recente do IMAA - Institute for Mergers, Acquisitions & Aliances mostra que só nas duas atividades foram USS 115 bilhões em transações


Apesar das incertezas do cenário global, o mercado de fusões e aquisições no
mundo segue aquecido. Report mais recente do IMAA - Institute for Mergers,
Acquisitions & Aliances, com dados de 2025 consolidados até abril em oito setores
da economia, mostra transações da ordem de 230 bilhões de dólares em todo o
planeta.


Os setores de software e tecnologia da informação e de energia e petróleo foram
os que mais movimentaram recursos em fusões e aquisições: 115 bilhões de
dólares, praticamente metade da soma das oito atividades analisadas. O setor de
software e TI respondeu por 74,3 bilhões de dólares (com 805 operações
mapeadas) e o de energia e petróleo, por 40,7 bilhões de dólares, com 232
transações.


O relatório destaca algumas dessas operações. No setor de software e TI está, por
exemplo, a aquisição da estadunidense Dotmatics, desenvolvedora de software,
pela gigante alemã Siemens. No setor de energia e petróleo, também houve
aquisição de empresas dos Estados Unidos por companhias canadenses: a Capital
Power, que comprou a LS Power,e a Brookfield Infrastructure Partners, que
adquiriu a Colonial Pipeline Company.


Para os analistas Leonardo Grisotto e Jefferson Nesello, o report do IMAA
confirma que, a despeito da conturbada conjuntura internacional, as grandes
companhias do planeta seguem apostando em fusões e aquisições como
estratégia. Guerras na Ucrânia, no Oriente Médio e na África; e o tarifaço dos
Estados Unidos, atingindo principalmente China e Europa, estão entre os
acontecimentos que abalam as relações geopolíticas mundiais.

Por trás da volatilidade econômica está o setor de energias renováveis. E não apenas pela natureza sustentável, mas pela capacidade de atrair investimentos estratégicos em tempos de incerteza. Uma análise com mais de 20 mil operações de M&A (Fusões e Aquisições), realizada por Ronaldo Rodrigues, da Zaxo M&A Partners, mostra que, longe de frear o mercado, a instabilidade tem criado janelas valiosas, e o setor de energia limpa é o epicentro dessa transformação.

A pesquisa, que cruzou dados de 18 países entre 1990 e 2023, revelou que a incerteza política e econômica, embora reduza em média 6,7% o valor das transações (Enterprise Value), pode gerar ganhos expressivos quando há opções claras de crescimento no negócio. E é exatamente isso que tem acontecido com a energia solar no Brasil.

Segundo estudo da consultoria Greener, o número de fusões e aquisições no setor solar cresceu 76% em 2024. Foram 51 transações que envolveram usinas com pelo menos 3,6 GWp de capacidade, quase o triplo do volume de 2023. Só na geração centralizada, o número de deals quadruplicou.

O crescimento foi impulsionado tanto por grandes usinas (geração centralizada) quanto por sistemas de geração distribuída, como telhados solares. Na geração centralizada, foram 21 negócios de compra e venda, quatro vezes mais do que no ano anterior. Já na geração distribuída, as operações dobraram, somando 14 transações.

Vários fatores contribuíram para esse aumento nas transações. A edição da Medida Provisória 1.212, pelo governo federal, que estendeu o prazo para que empreendimentos renováveis entrem em operação e garantam subsídios tarifários, estimulou transações, principalmente de projetos solares “greenfield”, que ainda não saíram do papel.

Além disso, a busca por fontes de energia mais limpas, por parte de consumidores e empresas, tem impulsionado o mercado. A energia solar já é a segunda maior fonte da matriz elétrica brasileira, com mais de 50 GW de capacidade instalada.

“A incerteza, em setores com alto potencial de crescimento como energias renováveis, deixa de ser uma barreira e passa a ser uma vantagem competitiva”, explica Ronaldo Rodrigues, senior associate da Zaxo. “Nestes contextos, investidores conseguem negociar prêmios atrativos e capturar valor futuro de forma estratégica”.

Leonardo Grisotto, sócio-fundador da Zaxo, acrescenta: “Empresas bem preparadas transformam momentos desafiadores em oportunidades. A energia renovável é um excelente exemplo: é um setor competitivo, com forte apelo ambiental e com margem para expansão em larga escala”.

Jefferson Nesello, também sócio-fundador da Zaxo, reforça: “É nos momentos de instabilidade que o mercado brasileiro se torna ainda mais estratégico. Investidores com visão de longo prazo percebem que vale a pena entrar agora para colher os frutos mais adiante, principalmente em setores como o de energia limpa”.

A análise conduzida por Rodrigues mostra que, em empresas com altas “growth options”, isto é, com grande potencial de crescimento futuro, o impacto negativo da incerteza quase desaparece. “Em mercados mais competitivos, o prêmio pago nas aquisições pode chegar a 19%, mesmo em tempos de instabilidade”, destaca o pesquisador.

É o que o setor de energia renovável tem demonstrado na prática. O setor financeiro deve responder por 40% do volume total de fusões e aquisições no Brasil em 2025, com transações estimadas em R$ 120 bilhões, segundo projeções do banco suíço UBS BB.

Parte desse movimento vem da corrida para consolidar players em geração distribuída, especialmente em regiões de alto consumo e com incentivos regulatórios.

“Se há uma lição que aprendemos com o mercado global de M&A ao longo das últimas três décadas, é que a resiliência e a adaptabilidade são os maiores ativos. E, no Brasil, essas qualidades são essenciais para transformar o que muitos veem como risco em vantagem competitiva”, destaca Grisotto.

A Zaxo está no centro da movimentação. Com mais de R$ 7,5 bilhões em transações concluídas e previsão de superar R$ 600 milhões em 2025, a Zaxo vem acompanhando de perto a movimentação no setor energético. A boutique de M&A tem atuado não apenas na intermediação de negócios, mas também na antecipação de tendências, criando estratégias personalizadas para seus clientes no Brasil e no exterior.

“Nosso papel é transformar a busca por fontes limpas e renováveis em decisões estratégicas concretas”, finaliza Rodrigues.

Um negócio é realizado a cada nove dias

Em meio a incertezas econômicas, pressões regulatórias e um cenário global de juros instáveis, o mercado de Fusões e Aquisições (M&A) na saúde não apenas resiste, mas evolui. Movimentado por grandes redes hospitalares, operadoras, laboratórios e farmacêuticas, o segmento acelera sua transformação por meio da consolidação, da diversificação e de uma corrida por escala e eficiência.

Segundo dados da PitchBook, o primeiro trimestre de 2025 apresentou uma desaceleração no número de transações de M&A, reflexo natural de um ambiente global mais cauteloso. Ainda assim, o setor de saúde se manteve como um dos protagonistas desse cenário, respondendo por 8% do volume global de fusões e aquisições e por 10,7% do valor total movimentado, o equivalente a US$ 112,6 bilhões.

Entre 2003 e 2023, o setor de saúde no Brasil registrou 817 transações de M&A, posicionando-se entre os dez segmentos mais ativos no país, é o que mostra o levantamentos realizados pela KPMG. Segundo estudos do setor, nos últimos anos, aproximadamente 500 dessas transações geraram um faturamento conjunto de quase R$ 90 bilhões. Essas operações foram lideradas por grupos como Rede D’Or, Intermédica, Dasa, DaVita, Hapvida, Fleury, Oncoclínicas, Sabin, Viveo e Hermes Pardini.

A pesquisa “Fusões e Aquisições 2023 – 4º trimestre”, conduzida pela KPMG, apresenta um ranking setorial acumulado de transações por setor desde 2004. Assim, o setor de saúde tem se mantido entre os mais dinâmicos no mercado de fusões e aquisições no Brasil, com uma média de 1 transação a cada 9 dias. Em momentos específicos, como em 2021, chegou a ocupar o segundo lugar em volume de negócios.

O setor de saúde tem se mantido entre os mais ativos no mercado de fusões e aquisições no Brasil, com uma média de 1 transação a cada 9 dias. Em momentos específicos, como em 2021, chegou a ocupar o segundo lugar em volume de negócios.

De acordo com levantamento da Bain & Company, só em 2023, 70% das transações no setor de saúde envolveram prestadores de serviços assistenciais, com foco na ampliação da base de atendimento. A tendência para os próximos anos aponta para uma movimentação cada vez mais estratégica, voltada também à entrada em novos elos da cadeia e a modelos de atendimento mais integrados e digitais.

Entre os movimentos mais relevantes, está a fusão das operações hospitalares da Diagnósticos da América (Dasa) e da Amil, criando uma joint venture com receita próxima de R$ 10 bilhões. Outro destaque foi a proposta da EMS para fusão com a Hypera, mirando a liderança absoluta na produção de medicamentos no país.

Para o sócio da Zaxo M&A Partners, boutique de M&A (Mergers and Acquisitions) especializada em assessorar investidores e empresas em processos de Fusões e Aquisições, Leonardo Grisotto, o setor de saúde tem características únicas que favorecem esse dinamismo. “Empresas com boa governança, tecnologia embarcada e visão de longo prazo se destacam. A antecipação de movimentos do mercado, especialmente em saúde, onde há pressão constante por escala e qualidade, pode ser decisiva”, afirma.

Já o sócio-fundador da Zaxo, Jefferson Nesello, ressalta que momentos de incerteza podem se tornar verdadeiras alavancas de crescimento para investidores preparados. “A saúde é essencial e resiliente. Em tempos de instabilidade, o Brasil se torna ainda mais estratégico. Quem sabe analisar bem os ativos consegue capturar valor futuro em operações que, à primeira vista, pareceriam arriscadas, conseguindo transformar esses momentos em oportunidades, especialmente em setores altamente competitivos”, avalia.

Um estudo da própria Zaxo, liderado pelo Senior Associate Ronaldo Rodrigues, analisou mais de 20 mil transações de M&A em 18 países, entre 1990 e 2023. A conclusão é de que a incerteza econômica pode reduzir em até 6,7% o valor de aquisição de uma empresa. No entanto, quando a companhia-alvo apresenta alto potencial de crescimento, com escalabilidade, inovação e diferenciais operacionais, essa perda é mitigada para cerca de 1%.

“Na saúde, isso é muito relevante. Negócios com modelos replicáveis, por exemplo, ou healthtechs que trazem soluções para redução de custo assistencial atraem múltiplos mais altos, mesmo em cenários adversos. O que parece risco para alguns pode ser uma vantagem competitiva para quem sabe o que está comprando”, explica Rodrigues.

Segundo ele, para cada 1% de incremento nas chamadas “opções de crescimento” da empresa-alvo, o valor do negócio pode subir até 16%. “Isso mostra como uma análise bem-feita é capaz de transformar incerteza em retorno real para o investidor”, completa.

A expectativa é que o ciclo positivo continue, e o setor deve continuar crescendo em 2025, impulsionado por lacunas nos portfólios, desafios logísticos e revisões regulatórias.

A Zaxo, por sua vez, fechou um recorde de deals em 2024 e projeta superar R$ 600 milhões em valores transacionados em 2025, consolidando-se como uma das principais assessorias do país em M&As no setor de saúde.

“Se há uma lição que aprendemos com o mercado global de M&A ao longo das últimas três décadas, é que a resiliência e a adaptabilidade são os maiores ativos. E, no Brasil, essas qualidades são essenciais para transformar o que muitos veem como risco em vantagem competitiva”, conclui Ronaldo Rodrigues.

Estudo realizado com mais de 20 mil transações entre 1990 e 2023 revela que, a cada 1% em crescimento potencial, o valor da aquisição aumenta em 16%, mesmo em meio às incertezas econômicas

Em meio a incertezas econômicas, pressões regulatórias e um cenário global de juros instáveis, o mercado de Fusões e Aquisições (M&A) na saúde não apenas resiste, mas evolui. Movimentado por grandes redes hospitalares, operadoras, laboratórios e farmacêuticas, o segmento acelera sua transformação por meio da consolidação, da diversificação e de uma corrida por escala e eficiência.

Segundo dados da PitchBook, o primeiro trimestre de 2025 apresentou uma desaceleração no número de transações de M&A, reflexo natural de um ambiente global mais cauteloso. Ainda assim, o setor de saúde se manteve como um dos protagonistas desse cenário, respondendo por 8% do volume global de fusões e aquisições e por 10,7% do valor total movimentado, o equivalente a US$ 112,6 bilhões.

Entre 2003 e 2023, o setor de saúde no Brasil registrou 817 transações de M&A, posicionando-se entre os dez segmentos mais ativos no país, é o que mostra o levantamentos realizados pela KPMG. Segundo estudos do setor, nos últimos anos, aproximadamente 500 dessas transações geraram um faturamento conjunto de quase R$ 90 bilhões. Essas operações foram lideradas por grupos como Rede D’Or, Intermédica, Dasa, DaVita, Hapvida, Fleury, Oncoclínicas, Sabin, Viveo e Hermes Pardini. A pesquisa “Fusões e Aquisições 2023 – 4º trimestre”, conduzida pela KPMG, apresenta um ranking setorial acumulado de transações por setor desde 2004. Assim, o setor de saúde tem se mantido entre os mais dinâmicos no mercado de fusões e aquisições no Brasil, com uma média de 1 transação a cada 9 dias. Em momentos específicos, como em 2021, chegou a ocupar o segundo lugar em volume de negócios.

Assim, o setor de saúde tem se mantido entre os mais ativos no mercado de fusões e aquisições no Brasil, com uma média de 1 transação a cada 9 dias. Em momentos específicos, como em 2021, chegou a ocupar o segundo lugar em volume de negócios.

De acordo com levantamento da Bain & Company, só em 2023, 70% das transações no setor de saúde envolveram prestadores de serviços assistenciais, com foco na ampliação da base de atendimento. A tendência para os próximos anos aponta para uma movimentação cada vez mais estratégica, voltada também à entrada em novos elos da cadeia e a modelos de atendimento mais integrados e digitais.

Entre os movimentos mais relevantes, está a fusão das operações hospitalares da Diagnósticos da América (Dasa) e da Amil, criando uma joint venture com receita próxima de R$ 10 bilhões. Outro destaque foi a proposta da EMS para fusão com a Hypera, mirando a liderança absoluta na produção de medicamentos no país.

Para o sócio da Zaxo M&A Partners, boutique de M&A (Mergers and Acquisitions) especializada em assessorar investidores e empresas em processos de Fusões e Aquisições, Leonardo Grisotto, o setor de saúde tem características únicas que favorecem esse dinamismo. “Empresas com boa governança, tecnologia embarcada e visão de longo prazo se destacam. A antecipação de movimentos do mercado, especialmente em saúde, onde há pressão constante por escala e qualidade, pode ser decisiva”, afirma.

Já o sócio-fundador da Zaxo, Jefferson Nesello, ressalta que momentos de incerteza podem se tornar verdadeiras alavancas de crescimento para investidores preparados. “A saúde é essencial e resiliente. Em tempos de instabilidade, o Brasil se torna ainda mais estratégico. Quem sabe analisar bem os ativos consegue capturar valor futuro em operações que, à primeira vista, pareceriam arriscadas, conseguindo transformar esses momentos em oportunidades, especialmente em setores altamente competitivos”, avalia.

Um estudo da própria Zaxo, liderado pelo Senior Associate Ronaldo Rodrigues, analisou mais de 20 mil transações de M&A em 18 países, entre 1990 e 2023. A conclusão é de que a incerteza econômica pode reduzir em até 6,7% o valor de aquisição de uma empresa. No entanto, quando a companhia-alvo apresenta alto potencial de crescimento, com escalabilidade, inovação e diferenciais operacionais, essa perda é mitigada para cerca de 1%.

“Na saúde, isso é muito relevante. Negócios com modelos replicáveis, por exemplo, ou healthtechs que trazem soluções para redução de custo assistencial atraem múltiplos mais altos, mesmo em cenários adversos. O que parece risco para alguns pode ser uma vantagem competitiva para quem sabe o que está comprando”, explica Rodrigues.

Segundo ele, para cada 1% de incremento nas chamadas “opções de crescimento” da empresa-alvo, o valor do negócio pode subir até 16%. “Isso mostra como uma análise bem-feita é capaz de transformar incerteza em retorno real para o investidor”, completa.

A expectativa é que o ciclo positivo continue, e o setor deve continuar crescendo em 2025, impulsionado por lacunas nos portfólios, desafios logísticos e revisões regulatórias.

A Zaxo, por sua vez, fechou um recorde de deals em 2024 e projeta superar R$ 600 milhões em valores transacionados em 2025, consolidando-se como uma das principais assessorias do país em M&As no setor de saúde.

“Se há uma lição que aprendemos com o mercado global de M&A ao longo das últimas três décadas, é que a resiliência e a adaptabilidade são os maiores ativos. E, no Brasil, essas qualidades são essenciais para transformar o que muitos veem como risco em vantagem competitiva”, conclui Ronaldo Rodrigues.

O setor de energias renováveis é o principal responsável pelo aumento no volume de fusões e aquisições (M&A) no Brasil em 2025, com participação estimada em 40% do total e movimentação de R$ 120 bilhões.

A informação é de um levantamento da Zaxo M&A Partners, divulgado com exclusividade para a EXAME. Essa alta reflete a atuação tanto de grandes usinas quanto de sistemas fotovoltaicos de pequeno porte.

A análise de mais de 20 mil operações globais, conduzida por Ronaldo Rodrigues, senior associate da Zaxo M&A Partners, mostra que, mesmo em contexto de volatilidade econômica, o setor de energia limpa atrai investimentos estratégicos.

A pesquisa revela que a instabilidade reduz em média 6,7% o valor das transações, mas, em negócios com opções claras de crescimento, esse impacto negativo quase desaparece.

Fusões e aquisições em energias limpas

No Brasil, o número de fusões e aquisições no setor solar cresceu 76% em 2024, segundo estudo da consultoria Greener, totalizando 51 transações que envolvem usinas com pelo menos 3,6 GWp de capacidade — quase o triplo do volume de 2023. Na geração centralizada, o número de negócios quadruplicou, enquanto a geração distribuída dobrou suas operações, com 14 transações.

A medida provisória 1.212, que prorrogou o prazo para empreendimentos renováveis entrarem em operação com direito a subsídios tarifários, foi um dos fatores que impulsionaram esse movimento, especialmente nos projetos solares “greenfield”, ainda em fase inicial.

Perspectivas e desafios no mercado de energias renováveis

A crescente demanda por fontes limpas tem impulsionado o mercado brasileiro, onde a energia solar já representa a segunda maior fonte da matriz elétrica, com mais de 50 GW de capacidade instalada.

Leonardo Grisotto, sócio-fundador da Zaxo M&A Partners, ressalta que “empresas preparadas conseguem transformar momentos desafiadores em oportunidades, especialmente em setores com apelo ambiental e e espaço para expansão”.

Jefferson Nesello, também sócio-fundador, acrescenta que “a instabilidade econômica torna o mercado brasileiro mais estratégico, atraindo investidores com visão de longo prazo”.

Ronaldo Rodrigues destaca que, em empresas com grande potencial de crescimento futuro, o chamado “growth options”, o prêmio pago em aquisições pode alcançar 19%, mesmo em momentos de instabilidade.

A Zaxo, que já concluiu mais de R$ 7,5 bilhões em transações e projeta ultrapassar R$ 600 milhões em 2025, atua tanto na intermediação quanto na antecipação de tendências, focando em clientes nacionais e internacionais.

Com oportunidades camufladas em risco, aumento foi impulsionado pelas grandes usinas e gerações fotovoltaicas de pequeno porte

Por trás da volatilidade econômica está o setor de energias renováveis. E não apenas pela natureza sustentável, mas pela capacidade de atrair investimentos estratégicos em tempos de incerteza. Uma análise com mais de 20 mil operações de M&A (fusões e aquisições), realizada por Ronaldo Rodrigues, da Zaxo M&A Partners, mostra que, longe de frear o mercado, a instabilidade tem criado janelas valiosas, e o setor de energia limpa é o epicentro dessa transformação. 

A pesquisa, que cruzou dados de 18 países entre 1990 e 2023, revelou que a incerteza política e econômica, embora reduza em média 6,7% o valor das transações, pode gerar ganhos expressivos quando há opções claras de crescimento no negócio. E é exatamente isso que tem acontecido com a energia solar no Brasil.

Segundo estudo da consultoria Greener, o volume de fusões e aquisições no setor solar cresceu 76% em 2024. Foram 51 transações que envolveram usinas com pelo menos 3,6 GWp de capacidade, quase o triplo do volume de 2023. Só na geração centralizada, a quantidade de deals quadruplicou.

O crescimento foi impulsionado tanto por grandes usinas (geração centralizada) quanto por sistemas de geração distribuída, como telhados solares. Na geração centralizada, foram 21 negócios de compra e venda, quatro vezes mais do que no ano anterior. Já na geração distribuída, as operações dobraram, somando 14 transações. Vários fatores contribuíram para esse aumento nas transações. A edição da Medida Provisória 1.212, pelo governo federal, que estendeu o prazo para que empreendimentos renováveis entrem em operação e garantam subsídios tarifários, estimulou transações, principalmente de projetos solares greenfield, que ainda não saíram do papel.

A busca por fontes de energia mais limpas, por parte de consumidores e empresas, tem impulsionado o mercado. A energia solar já é a segunda maior fonte da matriz elétrica brasileira, com mais de 50 GW de capacidade instalada. “A incerteza, em setores com alto potencial de crescimento como energias renováveis, deixa de ser uma barreira e passa a ser uma vantagem competitiva”, explica Ronaldo Rodrigues, senior associate da Zaxo. “Nestes contextos, investidores conseguem negociar prêmios atrativos e capturar valor futuro de forma estratégica”.

Leonardo Grisotto, sócio-fundador da Zaxo, acrescenta: “Empresas bem preparadas transformam momentos desafiadores em oportunidades. A energia renovável é um excelente exemplo: é um setor competitivo, com forte apelo ambiental e com margem para expansão em larga escala”. Jefferson Nesello, também sócio-fundador da Zaxo, reforça: “É nos momentos de instabilidade que o mercado brasileiro se torna ainda mais estratégico. Investidores com visão de longo prazo percebem que vale a pena entrar agora para colher os frutos mais adiante, principalmente em setores como o de energia limpa”.

A análise mostra que em empresas com altas growth options, isto é, com grande potencial de crescimento futuro, o impacto negativo da incerteza quase desaparece. “Em mercados mais competitivos, o prêmio pago nas aquisições pode chegar a 19%, mesmo em tempos de instabilidade”, destaca o pesquisador.

É o que o setor de energia renovável tem demonstrado na prática. O setor financeiro deve responder por 40% do volume total de fusões e aquisições no Brasil em 2025, com transações estimadas em R$ 120 bilhões, segundo projeções do banco suíço UBS BB. Parte desse movimento vem da corrida para consolidar players em geração distribuída, especialmente em regiões de alto consumo e com incentivos regulatórios. “Se há uma lição que aprendemos com o mercado global de M&A ao longo das últimas três décadas, é que a resiliência e a adaptabilidade são os maiores ativos. E, no Brasil, essas qualidades são essenciais para transformar o que muitos veem como risco em vantagem competitiva”, destaca Grisotto.

Transformação digital, competitividade e inovação. Esses são alguns dos principais motores que impulsionam o mercado de Fusões e Aquisições (M&A) no setor de alimentos e bebidas. Em um ambiente de consumo em constante mudança, onde novas tendências, desafios regulatórios e a busca por eficiência ditam o ritmo dos negócios, empresas recorrem a estratégias de consolidação para crescer, diversificar portfólios e garantir vantagem competitiva.

No Brasil, o varejo alimentar registrou um grande aumento nas transações de M&A. Segundo estudos, em 2022, houve um crescimento de 30% em relação ao ano anterior, marcando o terceiro ano consecutivo de alta e acumulando um incremento de 116% comparado ao período pré-pandemia de 2019. Esse movimento é impulsionado por fundos de private equity interessados em consolidar o setor e pela expansão agressiva de grandes redes.
O Grupo Carrefour, por exemplo, adquiriu o Grupo BIG Brasil por R$ 7,5 bilhões e as lojas da rede Makro por R$ 1,95 bilhão, visando ampliar sua presença nas regiões Nordeste e Sul e fortalecer o modelo de atacarejo.

Em janeiro de 2025, a JBS, uma das maiores processadoras de carne do mundo, adquiriu uma participação de 48,5% na Mantiqueira Alimentos, líder na produção de ovos no Brasil, por R$ 1,9 bilhão. Essa aquisição marca a entrada da JBS no setor de ovos, adicionando aproximadamente 4 bilhões de unidades anuais ao seu portfólio.

Além disso, em novembro de 2024, o empresário brasileiro Ricardo Faria comprou a produtora espanhola de ovos DAGU por €120 milhões. Essa transação posicionou o Hevo Group, pertencente a Faria, como o segundo maior produtor de ovos na Espanha, com uma produção anual de 80 milhões de dúzias.

Esse movimento ilustra como, mesmo em cenários desafiadores, empresas encontram oportunidades para expandir e se fortalecer no mercado.
Incertezas políticas e econômicas influenciam transações.

Contudo, a incerteza política e econômica, muitas vezes vista como um obstáculo para investimentos, pode, paradoxalmente, atuar como um catalisador para aquisições. Segundo um estudo conduzido por Ronaldo Rodrigues, Senior Associate na Zaxo M&A Partners, a instabilidade do cenário econômico impulsiona empresas a tomarem decisões mais rápidas, especialmente em setores altamente competitivos, onde a necessidade de capturar oportunidades estratégicas antes dos concorrentes se torna essencial.

“O que parece ser risco para muitos, para os estrategistas pode ser uma vantagem competitiva. No Brasil, esse fenômeno é ainda mais evidente, pois o mercado se torna mais atrativo para investidores que enxergam oportunidades mesmo em meio à instabilidade”, afirma Rodrigues.

Rodrigues explica que, após analisar mais de 20 mil transações realizadas entre 1990 e 2023, em 18 países, o estudo revelou que o que parece ser risco, pode ser capturado como uma vantagem competitiva. No Brasil, não é diferente. O país se destaca como um dos mercados mais promissores e desafiadores da América Latina nesse aspecto.

O estudo revelou ainda que a incerteza econômica pode reduzir em cerca de 6,7% o valor das aquisições. No entanto, a presença de Opções de Crescimento na empresa alvo moderam este efeito reduzindo-o para quase 1%. Além disso, a cada 1% de aumento nessas opções, ocorre uma elevação de 16% no Enterprise Value, demonstrando que investimentos estratégicos podem compensar os riscos inerentes a um cenário de incerteza.
No setor de alimentos e bebidas, os dados do estudo mostram que ele se mantém entre os dez mais ativos desde 1990, registrando inúmeras transações e consolidando-se como um dos segmentos mais ativos no mercado de M&A.

Foodtechs

Nos últimos anos, o setor de alimentos e bebidas tem passado por uma onda de consolidação, impulsionada por fatores como o avanço de startups foodtech, novas demandas por sustentabilidade e saudabilidade e a pressão para digitalização e eficiência logística. Grandes players estão adquirindo marcas inovadoras para expandir seus portfólios e atender a consumidores que buscam produtos mais naturais, orgânicos e sustentáveis.
Jefferson Nesello, sócio-fundador e diretor da Zaxo, destaca que “em momentos de instabilidade, o mercado brasileiro se torna ainda mais estratégico. Os investidores mais arrojados conseguem negociar prêmios atrativos e, ao mesmo tempo, capturar valor futuro em setores promissores como o de alimentos e bebidas”.

Para Leonardo Grisotto, também sócio da Zaxo, essas operações demonstram como empresas bem preparadas conseguem transformar momentos de incerteza em oportunidades. “A capacidade de antecipar movimentos do mercado e agir rapidamente é importante para o sucesso no setor de M&A, especialmente em segmentos onde a concorrência é intensa”, enfatiza.

Perspectivas para 2025

O mercado de M&A no setor de alimentos e bebidas deve continuar aquecido em 2025, impulsionado pela busca por eficiência operacional, inovação e sustentabilidade. A digitalização das cadeias produtivas, a adoção de tecnologias para redução de desperdícios e o fortalecimento de marcas voltadas ao bem-estar do consumidor estão entre os principais fatores de atração de investimentos.

Assim, contar com especialistas em fusões e aquisições torna-se fundamental para empresas que desejam maximizar seu valor e se posicionar estrategicamente no mercado. “Nosso papel é auxiliar as companhias a enxergarem além do óbvio e a transformarem incertezas em decisões estratégicas que geram valor duradouro”, afirma.

“Com um pipeline robusto para este ano, que deve superar R$ 600 milhões, a Zaxo Group se consolida como uma referência no mercado de M&A no Brasil, assessorando empresas de diversos setores, incluindo alimentos e bebidas, a navegarem com segurança e assertividade no dinâmico mundo das fusões e aquisições”, conclui.

Com 40% do mercado de M&A em 2025, setor atrai investidores mesmo em cenário de instabilidade econômica

O setor de energias renováveis é o principal responsável pelo aumento no volume de fusões e aquisições (M&A) no Brasil em 2025, com participação estimada em 40% do total e movimentação de R$ 120 bilhões.

A informação é de um levantamento da Zaxo M&A Partners, divulgado com exclusividade para a EXAME. Essa alta reflete a atuação tanto de grandes usinas quanto de sistemas fotovoltaicos de pequeno porte.

A análise de mais de 20 mil operações globais, conduzida por Ronaldo Rodrigues, senior associate da Zaxo M&A Partners, mostra que, mesmo em contexto de volatilidade econômica, o setor de energia limpa atrai investimentos estratégicos.

A pesquisa revela que a instabilidade reduz em média 6,7% o valor das transações, mas, em negócios com opções claras de crescimento, esse impacto negativo quase desaparece.

Fusões e aquisições em energias limpas

No Brasil, o número de fusões e aquisições no setor solar cresceu 76% em 2024, segundo estudo da consultoria Greener, totalizando 51 transações que envolvem usinas com pelo menos 3,6 GWp de capacidade — quase o triplo do volume de 2023. Na geração centralizada, o número de negócios quadruplicou, enquanto a geração distribuída dobrou suas operações, com 14 transações.

A medida provisória 1.212, que prorrogou o prazo para empreendimentos renováveis entrarem em operação com direito a subsídios tarifários, foi um dos fatores que impulsionou esse movimento, especialmente nos projetos solares “greenfield”, ainda em fase inicial.

Perspectivas e desafios no mercado de energias renováveis

A crescente demanda por fontes limpas tem impulsionado o mercado brasileiro, onde a energia solar já representa a segunda maior fonte da matriz elétrica, com mais de 50 GW de capacidade instalada.

Leonardo Grisotto, sócio-fundador da Zaxo M&A Partners, ressalta que “empresas preparadas conseguem transformar momentos desafiadores em oportunidades, especialmente em setores com apelo ambiental e espaço para expansão”.

Jefferson Nesello, também sócio-fundador, acrescenta que “a instabilidade econômica torna o mercado brasileiro mais estratégico, atraindo investidores com visão de longo prazo”.

Ronaldo Rodrigues destaca que em empresas com grande potencial de crescimento futuro, o chamado “growth options”, o prêmio pago em aquisições pode alcançar 19%, mesmo em momentos de instabilidade.

A Zaxo, que já concluiu mais de R$ 7,5 bilhões em transações e projeta ultrapassar R$ 600 milhões em 2025, atua tanto na intermediação quanto na antecipação de tendências, focando em clientes nacionais e internacionais.

Fonte: Exame

O primeiro trimestre de 2025 apresentou uma desaceleração no número de
transações de M&A, segundo dados da PitchBook. Ainda assim, o setor de saúde
se manteve como um dos protagonistas desse cenário, respondendo por 8% do
volume global de fusões e aquisições e por 10,7% do valor total movimentado, o
equivalente a 112,6 bilhões de dólares.

Entre 2003 e 2023, o setor de saúde no Brasil registrou 817 transações de M&A,
posicionando-se entre os dez segmentos mais ativos no país, é o que mostra o PMG. Segundo estudos do setor, nos últimos anos, aproximadamente 500 dessas transações geraram um faturamento
conjunto de quase 90 bilhões de reais, cum uma média de uma transação a cada
nove dias. Essas operações foram lideradas por grupos como Rede D’Or,
Intermédica, Dasa, DaVita, Hapvida, Fleury, Oncoclínicas, Sabin, Viveo e
Hermes Pardini.

Para o sócio da Zaxo M&A Partners, boutique de M&A, Leonardo Grisotto, o
setor de saúde tem características únicas que favorecem esse dinamismo.
“Empresas com boa governança, tecnologia embarcada e visão de longo prazo se
destacam. A antecipação de movimentos do mercado, especialmente em saúde,
onde há pressão constante por escala e qualidade, pode ser decisiva”, afirma.

Já o sócio-fundador da Zaxo, Jefferson Nesello, ressalta que momentos de
incerteza podem se tornar verdadeiras alavancas de crescimento para
investidores preparados. “A saúde é essencial e resiliente. Em tempos de
instabilidade, o Brasil se torna ainda mais estratégico. Quem sabe analisar bem
os ativos consegue capturar valor futuro em operações que, à primeira vista,
pareceriam arriscadas, conseguindo transformar esses momentos em
oportunidades, especialmente em setores altamente competitivos”, avalia

Um estudo da própria Zaxo analisou mais de 20 mil transações de M&A em 18
países, entre 1990 e 2023. A conclusão é de que a incerteza econômica pode
reduzir em até 6,7% o valor de aquisição de uma empresa. No entanto, quando a
companhia-alvo apresenta alto potencial de crescimento, com escalabilidade,
inovação e diferenciais operacionais, essa perda é mitigada para cerca de 1%.

Crescente demanda por fontes limpas tem impulsionado o mercado brasileiro (Jacobs Stock Photography Ltd/Getty Images)

Com 40% do mercado de M&A em 2025, setor atrai investidores mesmo em cenário de instabilidade econômica

O setor de energias renováveis é o principal responsável pelo aumento no volume de fusões e aquisições (M&A) no Brasil em 2025, com participação estimada em 40% do total e movimentação de R$ 120 bilhões.

A informação é de um levantamento da Zaxo M&A Partners, divulgado com exclusividade para a EXAME. Essa alta reflete a atuação tanto de grandes usinas quanto de sistemas fotovoltaicos de pequeno porte.

A análise de mais de 20 mil operações globais, conduzida por Ronaldo Rodrigues, senior associate da Zaxo M&A Partners, mostra que, mesmo em contexto de volatilidade econômica, o setor de energia limpa atrai investimentos estratégicos.

A pesquisa revela que a instabilidade reduz em média 6,7% o valor das transações, mas, em negócios com opções claras de crescimento, esse impacto negativo quase desaparece.

Fusões e aquisições em energias limpas

No Brasil, o número de fusões e aquisições no setor solar cresceu 76% em 2024, segundo estudo da consultoria Greener, totalizando 51 transações que envolvem usinas com pelo menos 3,6 GWp de capacidade  — quase o triplo do volume de 2023. Na geração centralizada, o número de negócios quadruplicou, enquanto a geração distribuída dobrou suas operações, com 14 transações.

A medida provisória 1.212, que prorrogou o prazo para empreendimentos renováveis entrarem em operação com direito a subsídios tarifários, foi um dos fatores que impulsionou esse movimento, especialmente nos projetos solares “greenfield”, ainda em fase inicial.

Perspectivas e desafios no mercado de energias renováveis

A crescente demanda por fontes limpas tem impulsionado o mercado brasileiro, onde a energia solar já representa a segunda maior fonte da matriz elétrica, com mais de 50 GW de capacidade instalada.

Jefferson Nesello, também sócio-fundador, acrescenta que “a instabilidade econômica torna o mercado brasileiro mais estratégico, atraindo investidores com visão de longo prazo”.

Ronaldo Rodrigues destaca que em empresas com grande potencial de crescimento futuro, o chamado “growth options”, o prêmio pago em aquisições pode alcançar 19%, mesmo em momentos de instabilidade.

A Zaxo, que já concluiu mais de R$ 7,5 bilhões em transações e projeta ultrapassar R$ 600 milhões em 2025, atua tanto na intermediação quanto na antecipação de tendências, focando em clientes nacionais e internacionais.

Bandeiras dos Estados Unidos e da China; guerra tarifária impacta mercado de fusões e aquisições.

Por REDAÇÃO | redacao@economiareal.com.br

A guerra tarifária entre Estados Unidos e China tem ampliado a incerteza econômica e pode reduzir em até 4% o volume de transações de fusões e aquisições (M&A) nos próximos 12 meses, segundo dados obtidos com exclusividade pelo Economia Real. O levantamento da boutique de M&A Zaxo aponta uma queda de até 7% no valor total dessas operações.

"Intervenções tarifárias comprometem a previsibilidade do ambiente econômico. Essa instabilidade era esperada diante da escalada na guerra tarifária", explicam Leonardo Grisotto e Jefferson Nesello, sócios-fundadores e diretores da Zaxo responsáveis pela análise.

As medidas protecionistas dos Estados Unidos e as retaliações da China criaram um ambiente de imprevisibilidade econômica global. A análise se baseia nos estudos do economista Frank Knight (1885–1972), conhecido por distinguir risco e incerteza nos modelos econômicos.

"O risco envolve eventos com probabilidade mensurável, como o lançamento de uma moeda. Já a incerteza ocorre quando não há como calcular probabilidades com precisão", detalham os diretores.

A incerteza econômica afeta tanto indicadores macroeconômicos, como o crescimento do PIB, quanto questões microeconômicas, como o desempenho individual de empresas. Eventos não econômicos, como guerras e mudanças climáticas, também contribuem para esse cenário volátil.

O mercado de M&A é particularmente vulnerável a essas incertezas, já que depende da projeção de fluxos de caixa futuros e do cálculo de sinergias entre companhias. "É uma decisão de investimento que requer confiança no cenário à frente", comentam.

Segundo a Zaxo, o índice Economic Policy Uncertainty, que mede o nível de incerteza sobre políticas econômicas, atingiu nas últimas semanas níveis comparáveis aos registrados durante a pandemia de Covid-19.

"Caso esse cenário se prolongue, podemos ver uma retração temporária nas operações de M&A, com adiamentos de cronogramas e renegociações de acordos", destacam os diretores.  

Guerra tarifária está no "pause”

Na semana passada, Estados Unidos e China concordaram em reduzir temporariamente as tarifas recíprocas por 90 dias. Produtos chineses vendidos em solo americano estão atualmente sujeitos a uma taxação de 30%, ante os 145% impostos anteriormente pelo governo de Donald Trump.

Do outro lado do mundo, produtos americanos que entram na China enfrentam uma tarifa de 10%, bem abaixo dos 125% aplicados anteriormente. Graças a esse acordo, a guerra tarifária encontra-se temporariamente contornada até agosto. O que acontecerá depois ainda é incerto.

Mesmo diante da instabilidade, a Zaxo acredita em uma retomada gradual, à medida que o mercado assimile os novos patamares tarifários. "É fundamental enxergar além dos riscos imediatos e identificar as oportunidades de longo prazo", ressaltam os especialistas.

Para negociações já em fase final, os consultores recomendam uma reavaliação estratégica. No médio prazo, o cenário pode abrir boas janelas de aquisição.

É preciso verificar se as novas tarifas alteram as sinergias projetadas e revisar as premissas do negócio", orientam.

"Empresas que pretendem investir nos próximos 12 a 24 meses devem aproveitar para sondar o mercado, se aproximar de alvos e encontrar ativos valiosos. A incerteza é parte da economia, e a competitividade segue essencial, mesmo em tempos turbulentos", concluem os executivos.

Operações minguaram, mas busca por oportunidades em alimentos e bebidas mantêm empresas bem posicionadas atentas. Zaxo estima movimentações de R$ 600 milhões em 2025

Nos setores varejista e industrial de alimentos e bebidas, as fusões e aquisições (M&A) seguem com algum vigor, se comparado ao marasmo no exterior desencadeado pela guerra tarifária entre Estados Unidos e China. Em um ambiente de consumo em constante mudança, empresas bem posicionadas podem manter estratégias de consolidação para garantir vantagens competitivas e diversificação de portfólios.

A expectativa é da movimentação de R$ 600 milhões a longo de 2025, com M&As no setor de alimentos e bebidas, aponta Ronaldo Rodrigues, da Zaxo M&A Partners. Ele analisou a curva de mais de 20 mil transações entre 1990 e 2023, em 18 países. A conclusão é foi que a incerteza econômica pode reduzir em quase 7% o valor das aquisições, de acordo com a lógica de comprar na baixa. No entanto, a presença de opções de crescimento na empresa alvo moderam este efeito reduzindo-o para quase 1%. Além disso, a cada 1% pode ocorrer uma elevação de 16% no enterprise value, o valor de uma empresa incluindo capitalização de mercado, dívidas e caixa.

Essa constatação pode demonstrar que investimentos estratégicos podem compensar os riscos do cenário incerteza. No Brasil não deve seria tão diferente. Assim, esse tipo de movimento pode perder força, mas sem cair na estagnação. Em janeiro, antes do tarifaço, a JBS adquiriu 48,5% de participação da Mantiqueira Alimentos, líder na produção de ovos no país, por R$ 1,9 bilhão. Essa operação marcou a entrada da processadora de carnes no setor de ovos, adicionando aproximadamente 4 bilhões de unidades anuais ao seu portfólio.

Neste mesmo ciclo, em novembro de 2024, o empresário brasileiro Ricardo Faria comprou a produtora espanhola de ovos Dagu por € 120 milhões (R$ 756 milhões). A transação posicionou o Hevo Group, de Faria, como o segundo maior produtor de ovos na Espanha, com uma produção anual de 80 milhões de dúzias.

Nada que se compare aos R$ 7,5 bilhões que o Carrefour colocou para adquirir o Big Brasil por R$ 7,5 bilhões, em 2022, e o R$ 1,95 bilhão para as lojas da rede Makro para ampliar sua presença nas regiões Nordeste e Sul e fortalecer o atacarejo.

Rodrigues considera que o cenário exige tomadas de decisão mais rápidas, especialmente em setores altamente competitivos, como em alimentos e bebidas. “O que parece ser risco para muitos, para os estrategistas pode ser uma vantagem competitiva. No Brasil, esse fenômeno é ainda mais evidente, pois o mercado se torna mais atrativo para investidores que enxergam oportunidades mesmo em meio à instabilidade”, afirma.

Diretor da Zaxo, Jefferson Nesello destaca que “investidores mais arrojados podem conseguir negociar prêmios atrativos e, ao mesmo tempo, capturar valor futuro nesse setor tão promissor”. Ainda mais com o avanço de foodtechs, demandas por sustentabilidade, saudabilidade e pressões pela digitalização e eficiência logística, que podem exigir mesmo de quem controle marcas e produtos de grande sucesso.

Com o apoio da Zaxo, Ronaldo Rodrigues, senior associate da empresa, desenvolveu uma pesquisa que revela o impacto da incerteza econômica no mercado de Fusões e Aquisições (M&A)

O mercado global de Fusões e Aquisições (M&A) é, por essência, uma engrenagem estratégica que movimenta trilhões de dólares e redefine setores inteiros. Contudo, sua dinâmica financeira não é uniforme, sendo profundamente influenciada por fatores como a incerteza sobre a condução da política econômica (EPU), que tem propensão em influenciar decisões de investidores e das empresas.

Assim, Ronaldo Rodrigues, senior associate da Zaxo, boutique de M&A (Mergers and Acquisitions) especializada em assessorar investidores e empresas em processos de Fusões e Aquisições, decidiu investigar esse cenário e realizou um estudo abrangente de como a incerteza da política econômica influencia a atividade de Fusões & Aquisições em diferentes setores competitivos.

Ronaldo Rodrigues, analista de M&A da Zaxo Group

Rodrigues explica que após analisar mais de 20 mil transações realizadas entre 1990 e 2023, nos 18 países com maior capitalização de mercado no mundo, o estudo revelou algo fascinante: a incerteza econômica, ao mesmo tempo em que causa fricções no mercado, pode gerar oportunidades em processos de M&A. “No Brasil, não é diferente. O país se destaca como um dos mercados mais promissores e desafiadores da América Latina nesse aspecto”, comenta.

Para Jefferson Nesello, sócio-fundador e diretor da Zaxo, o Brasil não é apenas mais um país emergente; é uma arena onde incertezas políticas frequentemente testam a coragem dos investidores. Mas é exatamente nesse cenário que brilham as melhores oportunidades. “Em momentos de instabilidade, o mercado brasileiro se torna ainda mais estratégico. É quando investidores mais arrojados conseguem negociar prêmios atrativos e, ao mesmo tempo, capturar valor futuro em setores promissores”, observa.

Leonardo Grisotto, também sócio-fundador e diretor da Zaxo, complementa: “Em mercados como o brasileiro, a incerteza frequentemente cria uma janela estratégica para negociações vantajosas. Empresas bem preparadas conseguem transformar esses momentos em oportunidades, especialmente em setores altamente competitivos”.

A pesquisa faz parte da tese de doutoramento de Ronaldo realizada no Programa de Pós-Graduação em Contabilidade da Universidade Federal do Paraná. Para o doutor Cláudio Marcelo Edwars, professor do departamento de Contabilidade da instituição e orientador do estudo, “a pesquisa aponta como a análise aprofundada de dados financeiros mostra como agentes econômicos decidem em cenário de incerteza no mercado de M&A”.

Incertezas movimentam M&A

O estudo apontou que a incerteza econômica exerce um efeito direto no Enterprise Value das aquisições, reduzindo-o em cerca de 6,7% ao ano na média geral. Entretanto, esse resultado pode ser amenizado pelas oportunidades de crescimento dos ativos adquiridos. Para as empresas que possuem maiores opções de crescimento (growth options) o impacto da incerteza da Política Econômica não chega a 1%. Isso demonstra que as oportunidades de crescimento presentes nos ativos são vistas como catalisadoras de valor e reduzem o impacto da incerteza na precificação.

Ao considerar o efeito das oportunidades de crescimento direto no Enterprise Value, para cada 1% de nas growth options em cenário de incerteza,  ocorre um aumento de aproximadamente 16% no valor do negócio, significando aumento no prêmio pago nas aquisições em cenários de elevada incerteza econômica.

Essa análise combinada dos fatores, indica que ao mesmo tempo que a incerteza reduz o valor dos negócios, há um aumento no prêmio pago nas aquisições. Rodrigues ainda explica que “em mercados mais competitivos, o efeito das oportunidades de crescimento é mais pronunciado, pois as empresas agem rapidamente devido ao nível de competitividade. Nestes mercados o prêmio pode chegar a 19%. Isso faz com que a incerteza econômica, ao invés de ser apenas um risco, seja percebida como uma oportunidade de criar valor por meio de aquisições estratégicas. Essa dinâmica tem impulsionado negócios importantes no Brasil e no exterior.”

Em tempos de incerteza econômica, contar com profissionais especializados na análise desses fatores se torna essencial para as transações. Segundo Rodrigues, “é nos momentos de maior complexidade que surgem as melhores oportunidades”. “Nosso trabalho é ajudar empresas a enxergarem além do óbvio, transformando incertezas em decisões estratégicas que geram valor duradouro”, afirma.

Ele ainda conclui: “Se há uma lição que aprendemos com o mercado global de M&A ao longo das últimas três décadas, é que a resiliência e a adaptabilidade são os maiores ativos. E, no Brasil, essas qualidades são essenciais para transformar o que muitos veem como risco em vantagem competitiva”.

Sobre a ZAXO

Com um histórico de mais de 120 projetos realizados e aproximadamente R$ 7,5 bi em transações concluídas, a Zaxo bateu seu recorde de deals em 2024, e projeta  superar R$ 600 milhões em valores transacionados em 2025, consolidando sua posição de  referência no mercado de M&A para o segmento de Middle Market no Brasil. A boutique  atua em setores estratégicos como saúde, tecnologia, energia, agronegócio, logística, educação, financeiro e serviços, entre outros, não apenas assessorando, mas também antecipando tendências e desenhando estratégias personalizadas para seus clientes, seja no buy-side (aquisição) ou no sell-side (venda), ou ainda em joint ventures.

Mais informações, acesse: https://www.zaxogroup.com/

Sobre o autor

Ronaldo possui experiência em análise financeira e avaliação de empresas de diversos setores, tendo já participado em +20 projetos de Fusões & Aquisições (Sell-side/Buy-side) e Gestão Estratégica que somam +R$2bi em valor agregado. Formado em Contabilidade (CRC SC-046714/O), possui doutorado em Contabilidade com ênfase em Contabilidade Financeira & Finanças pela Universidade Federal do Paraná.

https://www.linkedin.com/in/ronaldosarodrigues

https://www.linkedin.com/in/ronaldosarodrigues

Transformação digital, competitividade e inovação. Esses são alguns dos principais motores que impulsionam o mercado de Fusões e Aquisições (M&A) no setor de alimentos e bebidas. Em um ambiente de consumo em constante mudança, onde novas tendências, desafios regulatórios e a busca por eficiência ditam o ritmo dos negócios, empresas recorrem a estratégias de consolidação para crescer, diversificar portfólios e garantir vantagem competitiva.

No Brasil, o varejo alimentar registrou um grande aumento nas transações de M&A. Segundo estudos, em 2022, houve um crescimento de 30% em relação ao ano anterior, marcando o terceiro ano consecutivo de alta e acumulando um incremento de 116% comparado ao período pré-pandemia de 2019. Esse movimento é impulsionado por fundos de private equity interessados em consolidar o setor e pela expansão agressiva de grandes redes.

O Grupo Carrefour, por exemplo, adquiriu o Grupo BIG Brasil por R$ 7,5 bilhões e as lojas da rede Makro por R$ 1,95 bilhão, visando ampliar sua presença nas regiões Nordeste e Sul e fortalecer o modelo de atacarejo.

Em janeiro de 2025, a JBS, uma das maiores processadoras de carne do mundo, adquiriu uma participação de 48,5% na Mantiqueira Alimentos, líder na produção de ovos no Brasil, por R$ 1,9 bilhão. Essa aquisição marca a entrada da JBS no setor de ovos, adicionando aproximadamente 4 bilhões de unidades anuais ao seu portfólio.

Além disso, em novembro de 2024, o empresário brasileiro Ricardo Faria comprou a produtora espanhola de ovos DAGU por €120 milhões. Essa transação posicionou o Hevo Group, pertencente a Faria, como o segundo maior produtor de ovos na Espanha, com uma produção anual de 80 milhões de dúzias.

Esse movimento ilustra como, mesmo em cenários desafiadores, empresas encontram oportunidades para expandir e se fortalecer no mercado.

Incertezas políticas e econômicas influenciam transações

Contudo, a incerteza política e econômica, muitas vezes vista como um obstáculo para investimentos, pode, paradoxalmente, atuar como um catalisador para aquisições.  Segundo um estudo conduzido por Ronaldo Rodrigues, Senior Associate na Zaxo M&A Partners, a instabilidade do cenário econômico impulsiona empresas a tomarem decisões mais rápidas, especialmente em setores altamente competitivos, onde a necessidade de capturar oportunidades estratégicas antes dos concorrentes se torna essencial.

“O que parece ser risco para muitos, para os estrategistas pode ser uma vantagem competitiva. No Brasil, esse fenômeno é ainda mais evidente, pois o mercado se torna mais atrativo para investidores que enxergam oportunidades mesmo em meio à instabilidade”, afirma Rodrigues.

Rodrigues explica que, após analisar mais de 20 mil transações realizadas entre 1990 e 2023, em 18 países, o estudo revelou que o que parece ser risco, pode ser capturado como uma vantagem competitiva. No Brasil, não é diferente. O país se destaca como um dos mercados mais promissores e desafiadores da América Latina nesse aspecto.

O estudo revelou ainda que a incerteza econômica pode reduzir em cerca de 6,7% o valor das aquisições. No entanto, a presença de Opções de Crescimento na empresa alvo moderam este efeito reduzindo-o para quase 1%. Além disso, a cada 1% de aumento nessas opções, ocorre uma elevação de 16% no Enterprise Value, demonstrando que investimentos estratégicos podem compensar os riscos inerentes a um cenário de incerteza.

No setor de alimentos e bebidas, os dados do estudo mostram que ele se mantém entre os dez mais ativos desde 1990, registrando inúmeras transações e consolidando-se como um dos segmentos mais ativos no mercado de M&A.

Foodtechs

Nos últimos anos, o setor de alimentos e bebidas tem passado por uma onda de consolidação, impulsionada por fatores como o avanço de startups foodtech, novas demandas por sustentabilidade e saudabilidade e a pressão para digitalização e eficiência logística. Grandes players estão adquirindo marcas inovadoras para expandir seus portfólios e atender a consumidores que buscam produtos mais naturais, orgânicos e sustentáveis.

Jefferson Nesello, sócio-fundador e diretor da Zaxo, destaca que “em momentos de instabilidade, o mercado brasileiro se torna ainda mais estratégico. Os investidores mais arrojados conseguem negociar prêmios atrativos e, ao mesmo tempo, capturar valor futuro em setores promissores como o de alimentos e bebidas”.

Para Leonardo Grisotto, também sócio da Zaxo, essas operações demonstram como empresas bem preparadas conseguem transformar momentos de incerteza em oportunidades. “A capacidade de antecipar movimentos do mercado e agir rapidamente é importante para o sucesso no setor de M&A, especialmente em segmentos onde a concorrência é intensa”, enfatiza.

Perspectivas para 2025

O mercado de M&A no setor de alimentos e bebidas deve continuar aquecido em 2025, impulsionado pela busca por eficiência operacional, inovação e sustentabilidade. A digitalização das cadeias produtivas, a adoção de tecnologias para redução de desperdícios e o fortalecimento de marcas voltadas ao bem-estar do consumidor estão entre os principais fatores de atração de investimentos.

Assim, contar com especialistas em fusões e aquisições torna-se fundamental para empresas que desejam maximizar seu valor e se posicionar estrategicamente no mercado. “Nosso papel é auxiliar as companhias a enxergarem além do óbvio e a transformarem incertezas em decisões estratégicas que geram valor duradouro”, afirma.

“Com um pipeline robusto para este ano, que deve superar R$ 600 milhões, a Zaxo Group se consolida como uma referência no mercado de M&A no Brasil, assessorando empresas de diversos setores, incluindo alimentos e bebidas, a navegarem com segurança e assertividade no dinâmico mundo das fusões e aquisições”, conclui.

O setor de educação no Brasil tem vivenciado uma onda crescente de fusões e aquisições (M&A), tudo por conta da digitalização do ensino, da demanda por inovação e das mudanças no cenário econômico. Segundo a KPMG, o número de transações no setor aumentou 400% no segundo trimestre de 2024, em comparação ao mesmo período de 2023, passando de apenas 2 para 8 operações, refletindo um movimento estratégico de consolidação no ensino superior e na educação básica.

O mais interessante é que, mesmo diante do cenário de incerteza econômica, as características de competitividade influenciam diretamente a precificação dessas operações, abrindo espaço portanto para oportunidades de negócios estratégicos. Um estudo conduzido por Ronaldo Rodrigues, senior associate da Zaxo, boutique especializada em M&A, destacou a questão. “A incerteza econômica pode parecer um entrave, mas, na verdade, abre espaço para investidores estratégicos expandirem suas operações e aumentarem a competitividade. No setor de educação, temos visto grupos buscando aquisições não apenas para crescer em tamanho, mas para diversificar suas ofertas e atingir novos mercados”, explica.

Ronaldo Rodrigues, senior associate da Zaxo

O Grupo Positivo, por exemplo, adquiriu recentemente o Colégio St. James, enquanto o grupo internacional Cognita expandiu sua atuação no Brasil com a compra do Colégio Maxi, NeoDNA e NewMed. No ensino superior, a Kroton (atual Cogna) e a Yduqs (ex-Estácio) protagonizaram algumas das maiores transações do setor. Além de outros movimentos, tais como a aquisição do Colégio Maxi pela Guisto, compra da escola Mobile pela Nord Anglia, Colégio Pequeno Príncipe pela Rede Inspira, Colégio Ábaco pelo Grupo Salta, entre outros.

A pesquisa de Rodrigues analisou mais de 20 mil transações entre 1990 e 2023, em 18 países, e revelou que a incerteza econômica pode reduzir o Enterprise Value das aquisições em 6,7% ao ano, em média. No entanto, empresas que possuem maiores oportunidades de crescimento (growth options) conseguem minimizar esse impacto para menos de 1%.

Essa análise combinada dos fatores indica que, ao mesmo tempo em que a incerteza reduz o valor dos negócios, há um aumento no prêmio pago nas aquisições, que em alguns casos pode chegar a 19%, mesmo em cenários de incerteza. Rodrigues explica que, no setor educacional, esse efeito é ainda mais evidente, pois instituições bem posicionadas e com diferenciais competitivos tornam-se alvos estratégicos. “Em mercados mais competitivos, como o da educação, o impacto das oportunidades de crescimento é ainda mais expressivo. Escolas e universidades que conseguem inovar e expandir rapidamente atraem investidores dispostos a pagar prêmios mais altos”, destaca.

Além disso, a pesquisa evidenciou que nos últimos 20 anos as aquisições realizadas no setor de educação foram majoritariamente realizadas por outros setores. “Desde 1997 até 2023 cerca de 53% das aquisições que foram divulgadas, foram realizadas por empresas que operam em setores diferente do educacional, sendo aproximadamente ⅓ pertencentes ao setor financeiro, mostrando que nos últimos anos o setor foi alvo de consolidação e também de diversificação dos adquirentes”. 

Portanto, a incerteza econômica, em vez de ser apenas um risco, é também uma oportunidade de criar valor por meio de aquisições. “O crescimento da digitalização do ensino, aliado à busca por excelência acadêmica, tem impulsionado importantes transações no setor educacional, tanto no Brasil quanto no exterior”, complementa Rodrigues.

Apesar dos desafios, o cenário de M&A na educação segue promissor. “Empresas bem estruturadas estão aproveitando o momento para negociar condições vantajosas e capturar valor futuro no setor. Com a digitalização do ensino e o crescimento do ensino híbrido, muitas instituições estão buscando fusões estratégicas para ganhar escala e eficiência operacional”, comenta Leonardo Grisotto, sócio-fundador da Zaxo.

Rodrigues acrescenta que o Brasil, historicamente marcado por oscilações econômicas e políticas, é um terreno fértil para investidores com visão de longo prazo. “Se há algo que aprendemos com o mercado de M&A ao longo das últimas décadas, é que os períodos de incerteza frequentemente criam oportunidades. No setor de educação, isso é ainda mais evidente, pois a demanda por ensino de qualidade segue forte, independentemente do cenário macroeconômico”, finaliza.

O setor de educação no Brasil tem vivenciado uma onda crescente de fusões e aquisições (M&A), tudo por conta da digitalização do ensino, da demanda por inovação e das mudanças no cenário econômico.

Segundo a KPMG, o número de transações no setor aumentou 400% no segundo trimestre de 2024, em comparação ao mesmo período de 2023, passando de apenas 2 para 8 operações, refletindo um movimento estratégico de consolidação no ensino superior e na educação básica.

O mais interessante é que, mesmo diante do cenário de incerteza econômica, as características de competitividade influenciam diretamente a precificação dessas operações, abrindo espaço portanto para oportunidades de negócios estratégicos.

Um estudo conduzido por Ronaldo Rodrigues, senior associate da Zaxo, boutique especializada em M&A, destacou a questão.

“A incerteza econômica pode parecer um entrave, mas, na verdade, abre espaço para investidores estratégicos expandirem suas operações e aumentarem a competitividade. No setor de educação, temos visto grupos buscando aquisições não apenas para crescer em tamanho, mas para diversificar suas ofertas e atingir novos mercados”, explica.

O Grupo Positivo, por exemplo, adquiriu recentemente o Colégio St. James, enquanto o grupo internacional Cognita expandiu sua atuação no Brasil com a compra do Colégio Maxi, NeoDNA e NewMed.

No ensino superior, a Kroton (atual Cogna) e a Yduqs (ex-Estácio) protagonizaram algumas das maiores transações do setor. 

Além de outros movimentos, tais como a aquisição do Colégio Maxi pela Guisto, compra da escola Mobile pela Nord Anglia, Colégio Pequeno Príncipe pela Rede Inspira, Colégio Ábaco pelo Grupo Salta, entre outros.

A pesquisa de Rodrigues analisou mais de 20 mil transações entre 1990 e 2023, em 18 países, e revelou que a incerteza econômica pode reduzir o Enterprise Value das aquisições em 6,7% ao ano, em média.

No entanto, empresas que possuem maiores oportunidades de crescimento (growth options) conseguem minimizar esse impacto para menos de 1%.

Essa análise combinada dos fatores indica que, ao mesmo tempo em que a incerteza reduz o valor dos negócios, há um aumento no prêmio pago nas aquisições, que em alguns casos pode chegar a 19%, mesmo em cenários de incerteza.

Rodrigues explica que, no setor educacional, esse efeito é ainda mais evidente, pois instituições bem posicionadas e com diferenciais competitivos tornam-se alvos estratégicos.

“Em mercados mais competitivos, como o da educação, o impacto das oportunidades de crescimento é ainda mais expressivo. Escolas e universidades que conseguem inovar e expandir rapidamente atraem investidores dispostos a pagar prêmios mais altos”, destaca.

Além disso, a pesquisa evidenciou que nos últimos 20 anos as aquisições realizadas no setor de educação foram majoritariamente realizadas por outros setores.

“Desde 1997 até 2023 cerca de 53% das aquisições que foram divulgadas, foram realizadas por empresas que operam em setores diferente do educacional, sendo aproximadamente ⅓ pertencentes ao setor financeiro, mostrando que nos últimos anos o setor foi alvo de consolidação e também de diversificação dos adquirentes”. 

Portanto, a incerteza econômica, em vez de ser apenas um risco, é também uma oportunidade de criar valor por meio de aquisições. 

“O crescimento da digitalização do ensino, aliado à busca por excelência acadêmica, tem impulsionado importantes transações no setor educacional, tanto no Brasil quanto no exterior”, complementa Rodrigues.

Apesar dos desafios, o cenário de M&A na educação segue promissor.

“Empresas bem estruturadas estão aproveitando o momento para negociar condições vantajosas e capturar valor futuro no setor. Com a digitalização do ensino e o crescimento do ensino híbrido, muitas instituições estão buscando fusões estratégicas para ganhar escala e eficiência operacional”, comenta Leonardo Grisotto, sócio-fundador da Zaxo.

Rodrigues acrescenta que o Brasil, historicamente marcado por oscilações econômicas e políticas, é um terreno fértil para investidores com visão de longo prazo.

“Se há algo que aprendemos com o mercado de M&A ao longo das últimas décadas, é que os períodos de incerteza frequentemente criam oportunidades. No setor de educação, isso é ainda mais evidente, pois a demanda por ensino de qualidade segue forte, independentemente do cenário macroeconômico”, finaliza.

Com o apoio da Zaxo, Ronaldo Rodrigues, senior associate da empresa, conduziu uma pesquisa que analisa o impacto da incerteza econômica nas fusões e aquisições

O setor de educação no Brasil tem vivenciado uma onda crescente de fusões e aquisições (M&A), tudo por conta da digitalização do ensino, da demanda por inovação e das mudanças no cenário econômico. Segundo a KPMG, o número de transações no setor aumentou 400% no segundo trimestre de 2024, em comparação ao mesmo período de 2023, passando de apenas 2 para 8 operações, refletindo um movimento estratégico de consolidação no ensino superior e na educação básica.

O mais interessante é que, mesmo diante do cenário de incerteza econômica, as características de competitividade influenciam diretamente a precificação dessas operações, abrindo espaço portanto para oportunidades de negócios estratégicos. Um estudo conduzido por Ronaldo Rodrigues, senior associate da Zaxo, boutique especializada em M&A, destacou a questão. “A incerteza econômica pode parecer um entrave, mas, na verdade, abre espaço para investidores estratégicos expandirem suas operações e aumentarem a competitividade. No setor de educação, temos visto grupos buscando aquisições não apenas para crescer em tamanho, mas para diversificar suas ofertas e atingir novos mercados”, explica.

Ronaldo Rodrigues, senior associate da Zaxo

O Grupo Positivo, por exemplo, adquiriu recentemente o Colégio St. James, enquanto o grupo internacional Cognita expandiu sua atuação no Brasil com a compra do Colégio Maxi, NeoDNA e NewMed. No ensino superior, a Kroton (atual Cogna) e a Yduqs (ex-Estácio) protagonizaram algumas das maiores transações do setor. Além de outros movimentos, tais como a aquisição do Colégio Maxi pela Guisto, compra da escola Mobile pela Nord Anglia, Colégio Pequeno Príncipe pela Rede Inspira, Colégio Ábaco pelo Grupo Salta, entre outros.

A pesquisa de Rodrigues analisou mais de 20 mil transações entre 1990 e 2023, em 18 países, e revelou que a incerteza econômica pode reduzir o Enterprise Value das aquisições em 6,7% ao ano, em média. No entanto, empresas que possuem maiores oportunidades de crescimento (growth options) conseguem minimizar esse impacto para menos de 1%.

Essa análise combinada dos fatores indica que, ao mesmo tempo em que a incerteza reduz o valor dos negócios, há um aumento no prêmio pago nas aquisições, que em alguns casos pode chegar a 19%, mesmo em cenários de incerteza. Rodrigues explica que, no setor educacional, esse efeito é ainda mais evidente, pois instituições bem posicionadas e com diferenciais competitivos tornam-se alvos estratégicos. “Em mercados mais competitivos, como o da educação, o impacto das oportunidades de crescimento é ainda mais expressivo. Escolas e universidades que conseguem inovar e expandir rapidamente atraem investidores dispostos a pagar prêmios mais altos”, destaca.

Além disso, a pesquisa evidenciou que nos últimos 20 anos as aquisições realizadas no setor de educação foram majoritariamente realizadas por outros setores. “Desde 1997 até 2023 cerca de 53% das aquisições que foram divulgadas, foram realizadas por empresas que operam em setores diferente do educacional, sendo aproximadamente ⅓ pertencentes ao setor financeiro, mostrando que nos últimos anos o setor foi alvo de consolidação e também de diversificação dos adquirentes”. 

Portanto, a incerteza econômica, em vez de ser apenas um risco, é também uma oportunidade de criar valor por meio de aquisições. “O crescimento da digitalização do ensino, aliado à busca por excelência acadêmica, tem impulsionado importantes transações no setor educacional, tanto no Brasil quanto no exterior”, complementa Rodrigues.

Apesar dos desafios, o cenário de M&A na educação segue promissor. “Empresas bem estruturadas estão aproveitando o momento para negociar condições vantajosas e capturar valor futuro no setor. Com a digitalização do ensino e o crescimento do ensino híbrido, muitas instituições estão buscando fusões estratégicas para ganhar escala e eficiência operacional”, comenta Leonardo Grisotto, sócio-fundador da Zaxo.

Rodrigues acrescenta que o Brasil, historicamente marcado por oscilações econômicas e políticas, é um terreno fértil para investidores com visão de longo prazo. “Se há algo que aprendemos com o mercado de M&A ao longo das últimas décadas, é que os períodos de incerteza frequentemente criam oportunidades. No setor de educação, isso é ainda mais evidente, pois a demanda por ensino de qualidade segue forte, independentemente do cenário macroeconômico”, finaliza.

Mais informações: https://www.zaxogroup.com/

O prêmio em aquisições de empresas do setor de educação pode chegar a 19% em cenários de incerteza econômica, é o que aponta levantamento da boutique de M&A Zaxo. A pesquisa analisou mais de 20 mil transações entre 1990 e 2023, em 18 países, e revelou que a incerteza econômica pode reduzir o Enterprise Value das aquisições em 6,7% ao ano, em média. No entanto, empresas que possuem maiores oportunidades de crescimento conseguem minimizar esse impacto para menos de 1%. “Em mercados mais competitivos, como o da educação, o impacto das oportunidades de crescimento é ainda mais expressivo. Escolas e universidades que conseguem inovar e expandir rapidamente atraem investidores dispostos a pagar prêmios mais altos”, diz Ronaldo Rodrigues, senior associate da Zaxo.

Segundo a KPMG, o número de transações no setor aumentou 400% no segundo trimestre de 2024, em comparação ao mesmo período de 2023, passando de apenas 2 para 8 operações. “A incerteza econômica pode parecer um entrave, mas, na verdade, abre espaço para investidores estratégicos expandirem suas operações e aumentarem a competitividade. No setor de educação, temos visto grupos buscando aquisições não apenas para crescer em tamanho, mas para diversificar suas ofertas e atingir novos mercados”, explica Rodrigues.

O Grupo Positivo, por exemplo, adquiriu recentemente o Colégio St. James, enquanto o grupo internacional Cognita expandiu sua atuação no Brasil com a compra do Colégio Maxi, NeoDNA e NewMed. No ensino superior, a Kroton (atual Cogna) e a Yduqs (ex-Estácio) protagonizaram algumas das maiores transações do setor. Além de outros movimentos, como a aquisição do Colégio Maxi pela Guisto, compra da escola Mobile pela Nord Anglia, Colégio Pequeno Príncipe pela Rede Inspira, Colégio Ábaco pelo Grupo Salta e outros.

Leia mais em: https://veja.abril.com.br/coluna/radar-economico/premio-em-aquisicoes-de-empresas-de-educacao-pode-chegar-a-19

Pesquisa revela o impacto da incerteza econômica no mercado de Fusões e Aquisições (M&A)

O mercado global de Fusões e Aquisições (M&A) é, por essência, uma engrenagem estratégica que movimenta trilhões de dólares e redefine setores inteiros. Contudo, sua dinâmica financeira não é uniforme, sendo profundamente influenciada por fatores como a incerteza sobre a condução da política econômica (EPU), que tem propensão em influenciar decisões de investidores e das empresas.

Assim, Ronaldo Rodrigues, senior associate da Zaxo, boutique de M&A (Mergers and Acquisitions) especializada em assessorar investidores e empresas em processos de Fusões e Aquisições, decidiu investigar esse cenário e realizou um estudo abrangente de como a incerteza da política econômica influencia a atividade de Fusões & Aquisições em diferentes setores competitivos.

Rodrigues explica que após analisar mais de 20 mil transações realizadas entre 1990 e 2023, nos 18 países com maior capitalização de mercado no mundo, o estudo revelou algo fascinante: a incerteza econômica, ao mesmo tempo em que causa fricções no mercado, pode gerar oportunidades em processos de M&A. “No Brasil, não é diferente. O país se destaca como um dos mercados mais promissores e desafiadores da América Latina nesse aspecto”, comenta.

Para Jefferson Nesello, sócio-fundador e diretor da Zaxo, o Brasil não é apenas mais um país emergente; é uma arena onde incertezas políticas frequentemente testam a coragem dos investidores. Mas é exatamente nesse cenário que brilham as melhores oportunidades. “Em momentos de instabilidade, o mercado brasileiro se torna ainda mais estratégico. É quando investidores mais arrojados conseguem negociar prêmios atrativos e, ao mesmo tempo, capturar valor futuro em setores promissores”, observa.

Leonardo Grisotto, também sócio-fundador e diretor da Zaxo, complementa: “Em mercados como o brasileiro, a incerteza frequentemente cria uma janela estratégica para negociações vantajosas. Empresas bem preparadas conseguem transformar esses momentos em oportunidades, especialmente em setores altamente competitivos”.

A pesquisa faz parte da tese de doutoramento de Ronaldo realizada no Programa de Pós-Graduação em Contabilidade da Universidade Federal do Paraná. Para o doutor Cláudio Marcelo Edwars, professor do departamento de Contabilidade da instituição e orientador do estudo, “a pesquisa aponta como a análise aprofundada de dados financeiros mostra como agentes econômicos decidem em cenário de incerteza no mercado de M&A”.

Incertezas movimentam M&A

O estudo apontou que a incerteza econômica exerce um efeito direto no Enterprise Value das aquisições, reduzindo-o em cerca de 6,7% ao ano na média geral. Entretanto, esse resultado pode ser amenizado pelas oportunidades de crescimento dos ativos adquiridos. Para as empresas que possuem maiores opções de crescimento (growth options) o impacto da incerteza da Política Econômica não chega a 1%. Isso demonstra que as oportunidades de crescimento presentes nos ativos são vistas como catalisadoras de valor e reduzem o impacto da incerteza na precificação.

Ao considerar o efeito das oportunidades de crescimento direto no Enterprise Value, para cada 1% de nas growth options em cenário de incerteza,  ocorre um aumento de aproximadamente 16% no valor do negócio, significando aumento no prêmio pago nas aquisições em cenários de elevada incerteza econômica.

Essa análise combinada dos fatores, indica que ao mesmo tempo que a incerteza reduz o valor dos negócios, há um aumento no prêmio pago nas aquisições. Rodrigues ainda explica que “em mercados mais competitivos, o efeito das oportunidades de crescimento é mais pronunciado, pois as empresas agem rapidamente devido ao nível de competitividade. Nestes mercados o prêmio pode chegar a 19%. Isso faz com que a incerteza econômica, ao invés de ser apenas um risco, seja percebida como uma oportunidade de criar valor por meio de aquisições estratégicas. Essa dinâmica tem impulsionado negócios importantes no Brasil e no exterior.”

Em tempos de incerteza econômica, contar com profissionais especializados na análise desses fatores se torna essencial para as transações. Segundo Rodrigues, “é nos momentos de maior complexidade que surgem as melhores oportunidades”. “Nosso trabalho é ajudar empresas a enxergarem além do óbvio, transformando incertezas em decisões estratégicas que geram valor duradouro”, afirma.

Ele ainda conclui: “Se há uma lição que aprendemos com o mercado global de M&A ao longo das últimas três décadas, é que a resiliência e a adaptabilidade são os maiores ativos. E, no Brasil, essas qualidades são essenciais para transformar o que muitos veem como risco em vantagem competitiva”.

Com o apoio da Zaxo, Ronaldo Rodrigues, senior associate da empresa, desenvolveu uma pesquisa que revela o impacto da incerteza econômica no mercado de Fusões e Aquisições (M&A)

O mercado global de Fusões e Aquisições (M&A) é, por essência, uma engrenagem estratégica que movimenta trilhões de dólares e redefine setores inteiros. Contudo, sua dinâmica financeira não é uniforme, sendo profundamente influenciada por fatores como a incerteza sobre a condução da política econômica (EPU), que tem propensão em influenciar decisões de investidores e das empresas.

Assim, Ronaldo Rodrigues, senior associate da Zaxo, boutique de M&A (Mergers and Acquisitions) especializada em assessorar investidores e empresas em processos de Fusões e Aquisições, decidiu investigar esse cenário e realizou um estudo abrangente de como a incerteza da política econômica influencia a atividade de Fusões & Aquisições em diferentes setores competitivos.

Rodrigues explica que após analisar mais de 20 mil transações realizadas entre 1990 e 2023, nos 18 países com maior capitalização de mercado no mundo, o estudo revelou algo fascinante: a incerteza econômica, ao mesmo tempo em que causa fricções no mercado, pode gerar oportunidades em processos de M&A. “No Brasil, não é diferente. O país se destaca como um dos mercados mais promissores e desafiadores da América Latina nesse aspecto”, comenta.

Para Jefferson Nesello, sócio-fundador e diretor da Zaxo, o Brasil não é apenas mais um país emergente; é uma arena onde incertezas políticas frequentemente testam a coragem dos investidores. Mas é exatamente nesse cenário que brilham as melhores oportunidades. “Em momentos de instabilidade, o mercado brasileiro se torna ainda mais estratégico. É quando investidores mais arrojados conseguem negociar prêmios atrativos e, ao mesmo tempo, capturar valor futuro em setores promissores”, observa.

Leonardo Grisotto, também sócio-fundador e diretor da Zaxo, complementa: “Em mercados como o brasileiro, a incerteza frequentemente cria uma janela estratégica para negociações vantajosas. Empresas bem preparadas conseguem transformar esses momentos em oportunidades, especialmente em setores altamente competitivos”.

A pesquisa faz parte da tese de doutoramento de Ronaldo realizada no Programa de Pós-Graduação em Contabilidade da Universidade Federal do Paraná. Para o doutor Cláudio Marcelo Edwars, professor do departamento de Contabilidade da instituição e orientador do estudo, “a pesquisa aponta como a análise aprofundada de dados financeiros mostra como agentes econômicos decidem em cenário de incerteza no mercado de M&A”.

Incertezas movimentam M&A

O estudo apontou que a incerteza econômica exerce um efeito direto no Enterprise Value das aquisições, reduzindo-o em cerca de 6,7% ao ano na média geral. Entretanto, esse resultado pode ser amenizado pelas oportunidades de crescimento dos ativos adquiridos. Para as empresas que possuem maiores opções de crescimento (growth options) o impacto da incerteza da Política Econômica não chega a 1%. Isso demonstra que as oportunidades de crescimento presentes nos ativos são vistas como catalisadoras de valor e reduzem o impacto da incerteza na precificação.

Ao considerar o efeito das oportunidades de crescimento direto no Enterprise Value, para cada 1% de nas growth options em cenário de incerteza,  ocorre um aumento de aproximadamente 16% no valor do negócio, significando aumento no prêmio pago nas aquisições em cenários de elevada incerteza econômica.

Essa análise combinada dos fatores, indica que ao mesmo tempo que a incerteza reduz o valor dos negócios, há um aumento no prêmio pago nas aquisições. Rodrigues ainda explica que “em mercados mais competitivos, o efeito das oportunidades de crescimento é mais pronunciado, pois as empresas agem rapidamente devido ao nível de competitividade. Nestes mercados o prêmio pode chegar a 19%. Isso faz com que a incerteza econômica, ao invés de ser apenas um risco, seja percebida como uma oportunidade de criar valor por meio de aquisições estratégicas. Essa dinâmica tem impulsionado negócios importantes no Brasil e no exterior.”

Em tempos de incerteza econômica, contar com profissionais especializados na análise desses fatores se torna essencial para as transações. Segundo Rodrigues, “é nos momentos de maior complexidade que surgem as melhores oportunidades”. “Nosso trabalho é ajudar empresas a enxergarem além do óbvio, transformando incertezas em decisões estratégicas que geram valor duradouro”, afirma.

Ele ainda conclui: “Se há uma lição que aprendemos com o mercado global de M&A ao longo das últimas três décadas, é que a resiliência e a adaptabilidade são os maiores ativos. E, no Brasil, essas qualidades são essenciais para transformar o que muitos veem como risco em vantagem competitiva”.

Sobre a ZAXO

Com um histórico de mais de 120 projetos realizados e aproximadamente R$ 7,5 bi em transações concluídas, a Zaxo bateu seu recorde de deals em 2024, e projeta  superar R$ 600 milhões em valores transacionados em 2025, consolidando sua posição de  referência no mercado de M&A para o segmento de Middle Market no Brasil. A boutique  atua em setores estratégicos como saúde, tecnologia, energia, agronegócio, logística, educação, financeiro e serviços, entre outros, não apenas assessorando, mas também antecipando tendências e desenhando estratégias personalizadas para seus clientes, seja no buy-side (aquisição) ou no sell-side (venda), ou ainda em joint ventures.

Mais informações, acesse: https://www.zaxogroup.com/

Sobre o autor

Ronaldo possui experiência em análise financeira e avaliação de empresas de diversos setores, tendo já participado em +20 projetos de Fusões & Aquisições (Sell-side/Buy-side) e Gestão Estratégica que somam +R$2bi em valor agregado. Formado em Contabilidade (CRC SC-046714/O), possui doutorado em Contabilidade com ênfase em Contabilidade Financeira & Finanças pela Universidade Federal do Paraná.

https://www.linkedin.com/in/ronaldosarodrigues

Com o apoio da Zaxo, Ronaldo Rodrigues, senior associate da empresa, desenvolveu uma pesquisa que revela o impacto da incerteza econômica no mercado de Fusões e Aquisições (M&A)

O mercado global de Fusões e Aquisições (M&A) é, por essência, uma engrenagem estratégica que movimenta trilhões de dólares e redefine setores inteiros. Contudo, sua dinâmica financeira não é uniforme, sendo profundamente influenciada por fatores como a incerteza sobre a condução da política econômica (EPU), que tem propensão em influenciar decisões de investidores e das empresas.

Assim, Ronaldo Rodrigues, senior associate da Zaxo, boutique de M&A (Mergers and Acquisitions) especializada em assessorar investidores e empresas em processos de Fusões e Aquisições, decidiu investigar esse cenário e realizou um estudo abrangente de como a incerteza da política econômica influencia a atividade de Fusões & Aquisições em diferentes setores competitivos.

Ronaldo Rodrigues, analista de M&A da Zaxo Group

Rodrigues explica que após analisar mais de 20 mil transações realizadas entre 1990 e 2023, nos 18 países com maior capitalização de mercado no mundo, o estudo revelou algo fascinante: a incerteza econômica, ao mesmo tempo em que causa fricções no mercado, pode gerar oportunidades em processos de M&A. “No Brasil, não é diferente. O país se destaca como um dos mercados mais promissores e desafiadores da América Latina nesse aspecto”, comenta.

Para Jefferson Nesello, sócio-fundador e diretor da Zaxo, o Brasil não é apenas mais um país emergente; é uma arena onde incertezas políticas frequentemente testam a coragem dos investidores. Mas é exatamente nesse cenário que brilham as melhores oportunidades. “Em momentos de instabilidade, o mercado brasileiro se torna ainda mais estratégico. É quando investidores mais arrojados conseguem negociar prêmios atrativos e, ao mesmo tempo, capturar valor futuro em setores promissores”, observa.

Leonardo Grisotto, também sócio-fundador e diretor da Zaxo, complementa: “Em mercados como o brasileiro, a incerteza frequentemente cria uma janela estratégica para negociações vantajosas. Empresas bem preparadas conseguem transformar esses momentos em oportunidades, especialmente em setores altamente competitivos”.

A pesquisa faz parte da tese de doutoramento de Ronaldo realizada no Programa de Pós-Graduação em Contabilidade da Universidade Federal do Paraná. Para o doutor Cláudio Marcelo Edwars, professor do departamento de Contabilidade da instituição e orientador do estudo, “a pesquisa aponta como a análise aprofundada de dados financeiros mostra como agentes econômicos decidem em cenário de incerteza no mercado de M&A”.

Incertezas movimentam M&A

O estudo apontou que a incerteza econômica exerce um efeito direto no Enterprise Value das aquisições, reduzindo-o em cerca de 6,7% ao ano na média geral. Entretanto, esse resultado pode ser amenizado pelas oportunidades de crescimento dos ativos adquiridos. Para as empresas que possuem maiores opções de crescimento (growth options) o impacto da incerteza da Política Econômica não chega a 1%. Isso demonstra que as oportunidades de crescimento presentes nos ativos são vistas como catalisadoras de valor e reduzem o impacto da incerteza na precificação.

Ao considerar o efeito das oportunidades de crescimento direto no Enterprise Value, para cada 1% de nas growth options em cenário de incerteza,  ocorre um aumento de aproximadamente 16% no valor do negócio, significando aumento no prêmio pago nas aquisições em cenários de elevada incerteza econômica.

Essa análise combinada dos fatores, indica que ao mesmo tempo que a incerteza reduz o valor dos negócios, há um aumento no prêmio pago nas aquisições. Rodrigues ainda explica que “em mercados mais competitivos, o efeito das oportunidades de crescimento é mais pronunciado, pois as empresas agem rapidamente devido ao nível de competitividade. Nestes mercados o prêmio pode chegar a 19%. Isso faz com que a incerteza econômica, ao invés de ser apenas um risco, seja percebida como uma oportunidade de criar valor por meio de aquisições estratégicas. Essa dinâmica tem impulsionado negócios importantes no Brasil e no exterior.”

Em tempos de incerteza econômica, contar com profissionais especializados na análise desses fatores se torna essencial para as transações. Segundo Rodrigues, “é nos momentos de maior complexidade que surgem as melhores oportunidades”. “Nosso trabalho é ajudar empresas a enxergarem além do óbvio, transformando incertezas em decisões estratégicas que geram valor duradouro”, afirma.

Ele ainda conclui: “Se há uma lição que aprendemos com o mercado global de M&A ao longo das últimas três décadas, é que a resiliência e a adaptabilidade são os maiores ativos. E, no Brasil, essas qualidades são essenciais para transformar o que muitos veem como risco em vantagem competitiva”.

Sobre a ZAXO

Com um histórico de mais de 120 projetos realizados e aproximadamente R$ 7,5 bi em transações concluídas, a Zaxo bateu seu recorde de deals em 2024, e projeta  superar R$ 600 milhões em valores transacionados em 2025, consolidando sua posição de  referência no mercado de M&A para o segmento de Middle Market no Brasil. A boutique  atua em setores estratégicos como saúde, tecnologia, energia, agronegócio, logística, educação, financeiro e serviços, entre outros, não apenas assessorando, mas também antecipando tendências e desenhando estratégias personalizadas para seus clientes, seja no buy-side (aquisição) ou no sell-side (venda), ou ainda em joint ventures.

Mais informações, acesse: https://www.zaxogroup.com/

Sobre o autor

Ronaldo possui experiência em análise financeira e avaliação de empresas de diversos setores, tendo já participado em +20 projetos de Fusões & Aquisições (Sell-side/Buy-side) e Gestão Estratégica que somam +R$2bi em valor agregado. Formado em Contabilidade (CRC SC-046714/O), possui doutorado em Contabilidade com ênfase em Contabilidade Financeira & Finanças pela Universidade Federal do Paraná.

https://www.linkedin.com/in/ronaldosarodrigues

Mercado de M&A no setor de alimentos e bebidas continua aquecido

O mercado de M&A no setor de alimentos e bebidas continua aquecido. Grandes redes e investidores têm acelerado aquisições para expandir operações e diversificar portfólios.

O Carrefour, por exemplo, adquiriu o Grupo BIG Brasil por 7,5 bilhões de reais, enquanto a JBS entrou no setor de ovos ao comprar 48,5% da Mantiqueira Alimentos por 1,9 bilhão de reais. Já o empresário Ricardo Faria expandiu sua atuação internacional ao adquirir a espanhola DAGU por 120 milhões de euros.

Apesar da instabilidade econômica, o setor segue atrativo. Estudo da Zaxo M&A Partners aponta que, embora a incerteza possa reduzir em 6,7% o valor das

aquisições, empresas com forte potencial de crescimento mitigam esse impacto e aumentam seu valor de mercado. “Empresas bem preparadas conseguem transformar a volatilidade do mercado em vantagem competitiva”, destaca Leonardo Grisotto, sócio da Zaxo.

Para 2025, a expectativa é de crescimento contínuo, com mais investimentos em digitalização, eficiência e expansão de marcas voltadas ao bem-estar do consumidor.

Com o apoio da Zaxo, Ronaldo Rodrigues, senior associate da empresa, desenvolveu uma pesquisa que revela o impacto da incerteza econômica no mercado de Fusões e Aquisições (M&A) O mercado global de Fusões e Aquisições (M&A) é, por essência, uma engrenagem estratégica que movimenta trilhões de dólares e redefine setores inteiros. Contudo, sua dinâmica financeira não é uniforme, sendo profundamente influenciada por fatores como a incerteza sobre a condução da política econômica (EPU), que tem propensão em influenciar decisões de investidores e das empresas. Assim, Ronaldo Rodrigues, senior associate da Zaxo, boutique de M&A (Mergers and Acquisitions) especializada em assessorar investidores e empresas em processos de Fusões e Aquisições, decidiu investigar esse cenário e realizou um estudo abrangente de como a incerteza da política econômica influencia a atividade de Fusões & Aquisições em diferentes setores competitivos. Ronaldo Rodrigues, analista de M&A da Zaxo Group Rodrigues explica que após analisar mais de 20 mil transações realizadas entre 1990 e 2023, nos 18 países com maior capitalização de mercado no mundo, o estudo revelou algo fascinante: a incerteza econômica, ao mesmo tempo em que causa fricções no mercado, pode gerar oportunidades em processos de M&A. “No Brasil, não é diferente. O país se destaca como um dos mercados mais promissores e desafiadores da América Latina nesse aspecto”, comenta. Para Jefferson Nesello, sócio-fundador e diretor da Zaxo, o Brasil não é apenas mais um país emergente; é uma arena onde incertezas políticas frequentemente testam a coragem dos investidores. Mas é exatamente nesse cenário que brilham as melhores oportunidades. “Em momentos de instabilidade, o mercado brasileiro se torna ainda mais estratégico. É quando investidores mais arrojados conseguem negociar prêmios atrativos e, ao mesmo tempo, capturar valor futuro em setores promissores”, observa. Leonardo Grisotto, também sócio-fundador e diretor da Zaxo, complementa: “Em mercados como o brasileiro, a incerteza frequentemente cria uma janela estratégica para negociações vantajosas. Empresas bem preparadas conseguem transformar esses momentos em oportunidades, especialmente em setores altamente competitivos”. A pesquisa faz parte da tese de doutoramento de Ronaldo realizada no Programa de Pós-Graduação em Contabilidade da Universidade Federal do Paraná. Para o doutor Cláudio Marcelo Edwars, professor do departamento de Contabilidade da instituição e orientador do estudo, “a pesquisa aponta como a análise aprofundada de dados financeiros mostra como agentes econômicos decidem em cenário de incerteza no mercado de M&A”. Incertezas movimentam M&A O estudo apontou que a incerteza econômica exerce um efeito direto no Enterprise Value das aquisições, reduzindo-o em cerca de 6,7% ao ano na média geral. Entretanto, esse resultado pode ser amenizado pelas oportunidades de crescimento dos ativos adquiridos. Para as empresas que possuem maiores opções de crescimento (growth options) o impacto da incerteza da Política Econômica não chega a 1%. Isso demonstra que as oportunidades de crescimento presentes nos ativos são vistas como catalisadoras de valor e reduzem o impacto da incerteza na precificação. Ao considerar o efeito das oportunidades de crescimento direto no Enterprise Value, para cada 1% de nas growth options em cenário de incerteza, ocorre um aumento de aproximadamente 16% no valor do negócio, significando aumento no prêmio pago nas aquisições em cenários de elevada incerteza econômica. Essa análise combinada dos fatores, indica que ao mesmo tempo que a incerteza reduz o valor dos negócios, há um aumento no prêmio pago nas aquisições. Rodrigues ainda explica que “em mercados mais competitivos, o efeito das oportunidades de crescimento é mais pronunciado, pois as empresas agem rapidamente devido ao nível de competitividade. Nestes mercados o prêmio pode chegar a 19%. Isso faz com que a incerteza econômica, ao invés de ser apenas um risco, seja percebida como uma oportunidade de criar valor por meio de aquisições estratégicas. Essa dinâmica tem impulsionado negócios importantes no Brasil e no exterior.” Em tempos de incerteza econômica, contar com profissionais especializados na análise desses fatores se torna essencial para as transações. Segundo Rodrigues, “é nos momentos de maior complexidade que surgem as melhores oportunidades”. “Nosso trabalho é ajudar empresas a enxergarem além do óbvio, transformando incertezas em decisões estratégicas que geram valor duradouro”, afirma. Ele ainda conclui: “Se há uma lição que aprendemos com o mercado global de M&A ao longo das últimas três décadas, é que a resiliência e a adaptabilidade são os maiores ativos. E, no Brasil, essas qualidades são essenciais para transformar o que muitos veem como risco em vantagem competitiva”. Sobre a ZAXO Com um histórico de mais de 120 projetos realizados e aproximadamente R$ 7,5 bi em transações concluídas, a Zaxo bateu seu recorde de deals em 2024, e projeta superar R$ 600 milhões em valores transacionados em 2025, consolidando sua posição de referência no mercado de M&A para o segmento de Middle Market no Brasil. A boutique atua em setores estratégicos como saúde, tecnologia, energia, agronegócio, logística, educação, financeiro e serviços, entre outros, não apenas assessorando, mas também antecipando tendências e desenhando estratégias personalizadas para seus clientes, seja no buy-side (aquisição) ou no sell-side (venda), ou ainda em joint ventures. Mais informações, acesse: https://www.zaxogroup.com/ Sobre o autor Ronaldo possui experiência em análise financeira e avaliação de empresas de diversos setores, tendo já participado em +20 projetos de Fusões & Aquisições (Sell-side/Buy-side) e Gestão Estratégica que somam +R$2bi em valor agregado. Formado em Contabilidade (CRC SC-046714/O), possui doutorado em Contabilidade com ênfase em Contabilidade Financeira & Finanças pela Universidade Federal do Paraná. https://www.linkedin.com/in/ronaldosarodrigues/

O mercado global de Fusões e Aquisições (M&A) é, por essência, uma engrenagem estratégica que movimenta trilhões de dólares e redefine setores inteiros. Contudo, sua dinâmica financeira não é uniforme, sendo profundamente influenciada por fatores como a incerteza sobre a condução da política econômica (EPU), que tem propensão em influenciar decisões de investidores e das empresas.

Assim, Ronaldo Rodrigues, senior associate da Zaxo, boutique de M&A (Mergers and Acquisitions) decidiu investigar esse cenário e realizou um estudo abrangente de como a incerteza da política econômica influencia a atividade de Fusões & Aquisições em diferentes setores competitivos.

Rodrigues explica que após analisar mais de 20 mil transações realizadas entre 1990 e 2023, nos 18 países com maior capitalização de mercado no mundo, o estudo revelou algo fascinante: a incerteza econômica, ao mesmo tempo em que causa fricções no mercado, pode gerar oportunidades em processos de M&A. “No Brasil, não é diferente. O país se destaca como um dos mercados mais promissores e desafiadores da América Latina nesse aspecto”, comenta.

Para Jefferson Nesello, sócio-fundador e diretor da Zaxo, o Brasil não é apenas mais um país emergente; é uma arena onde incertezas políticas frequentemente testam a coragem dos investidores. Mas é exatamente nesse cenário que brilham as melhores oportunidades. “Em momentos de instabilidade, o mercado brasileiro se torna ainda mais estratégico. É quando investidores mais arrojados conseguem negociar prêmios atrativos e, ao mesmo tempo, capturar valor futuro em setores promissores”, observa.

A pesquisa faz parte da tese de doutoramento de Ronaldo realizada no Programa de Pós-Graduação em Contabilidade da Universidade Federal do Paraná. Para o doutor Cláudio Marcelo Edwars, professor do departamento de Contabilidade da instituição e orientador do estudo, “a pesquisa aponta como a análise aprofundada de dados financeiros mostra como agentes econômicos decidem em cenário de incerteza no mercado de M&A”.

Incertezas movimentam M&A

O estudo apontou que a incerteza econômica exerce um efeito direto no Enterprise Value das aquisições, reduzindo-o em cerca de 6,7% ao ano na média geral. Entretanto, esse resultado pode ser amenizado pelas oportunidades de crescimento dos ativos adquiridos. Para as empresas que possuem maiores opções de crescimento (growth options) o impacto da incerteza da Política Econômica não chega a 1%. Isso demonstra que as oportunidades de crescimento presentes nos ativos são vistas como catalisadoras de valor e reduzem o impacto da incerteza na precificação.

Ao considerar o efeito das oportunidades de crescimento direto no Enterprise Value, para cada 1% de nas growth options em cenário de incerteza, ocorre um aumento de aproximadamente 16% no valor do negócio, significando aumento no prêmio pago nas aquisições em cenários de elevada incerteza econômica.

Essa análise combinada dos fatores, indica que ao mesmo tempo que a incerteza reduz o valor dos negócios, há um aumento no prêmio pago nas aquisições. Rodrigues ainda explica que “em mercados mais competitivos, o efeito das oportunidades de crescimento é mais pronunciado, pois as empresas agem rapidamente devido ao nível de competitividade. Nestes mercados o prêmio pode chegar a 19%. Isso faz com que a incerteza econômica, ao invés de ser apenas um risco, seja percebida como uma oportunidade de criar valor por meio de aquisições estratégicas. Essa dinâmica tem impulsionado negócios importantes no Brasil e no exterior.”

Em tempos de incerteza econômica, contar com profissionais especializados na análise desses fatores se torna essencial para as transações. Segundo Rodrigues, “é nos momentos de maior complexidade que surgem as melhores oportunidades”. “Nosso trabalho é ajudar empresas a enxergarem além do óbvio, transformando incertezas em decisões estratégicas que geram valor duradouro”, afirma.

Ele ainda conclui: “Se há uma lição que aprendemos com o mercado global de M&A ao longo das últimas três décadas, é que a resiliência e a adaptabilidade são os maiores ativos. E, no Brasil, essas qualidades são essenciais para transformar o que muitos veem como risco em vantagem competitiva”.

Dois levantamentos recentes mostram que o movimento de fusões e aquisições no Brasil esteve
aquecido no último ano e que a tendência em 2025 é desse mercado seguir em expansão.
A análise é do time de especialistas da Zaxo, boutique de M&A (sigla para Mergers & Acquisitions)
que realiza assessoria customizada para organizações interessadas em adquirir outros negócios,
captar recursos com investidores ou realizar a venda integral da empresa. O cofundador e diretor
da Zaxo, Leonardo Grisotto, considera que as condições conjunturais são favoráveis à
concretização de fusões e aquisições.
Além disso, explica ele, o M&A se configura no mercado como uma ferramenta das corporações na
busca por crescimento e resultados. Ou seja, falar de fusões e aquisições é mais do que abordar
movimentos de compras e vendas de empresas; é tratar de uma verdadeira estratégia adotada
pelas organizações como ferramenta para expandir e perpetuar as atividades econômicas em que
atuam.
M&A também é uma excelente alternativa quando o assunto é a busca por inovações. Por vezes,
para incorporar soluções tecnológicas de ponta aos processos, o caminho se torna adquirir
empresas que estejam nesse estágio mais avançado. “É trazer a tecnologia, a inovação, o
conhecimento, para dentro de casa”, compara o especialista da Zaxo.
Grisotto cita os levantamentos da PwC e da KPMG, sobre o primeiro semestre de 2024, indicando o
momento importante para o setor de M&A no Brasil. O da PwC apontava um aumento de 2% no
volume de transações no primeiro semestre deste ano, em comparação com igual período do ano
passado. “É um resultado, pode-se dizer, na contramão dos resultados globais, já que a mesma
PwC apurou queda de 14% nas transações internacionais”, pontua o especialista da Zaxo.
Já o levantamento da KPMG constata que o trimestre de abril a junho últimos registrou 426
operações de M&A no país, o maior número para um trimestre dos últimos dois anos. “Com esse
desempenho, o primeiro semestre terminou com 776 transações, um incremento de 5% em relação
ao mesmo período de 2023, segundo a KPMG”, cita Grisotto.


Recursos para M&A constituem-se em um item que deve ser previsto pelas corporações, em seus
orçamentos anuais. “Setembro, outubro e novembro, principalmente, é um período em que as
empresas elaboram seus orçamentos. Notamos que a expectativa é que fusões e aquisições se
destaquem na economia brasileira em 2025”, avalia o especialista da Zaxo.

Com o Copom beirando a Selic em 15% e o Fed discutindo cortes nas taxas de juros, o cenário de
M&A para 2025 promete grandes mudanças. No Brasil, o aumento das taxas pressiona o custo de
capital, forçando empresas a buscar fusões para otimizar recursos e garantir liquidez. Nos EUA, a
expectativa de corte nas taxas pode acelerar aquisições, já que o crédito se tornará mais barato.
Tendência clara: em 2025, empresas focarão na eficiência e crescimento não orgânico, tanto para
enfrentar desafios de financiamento quanto para aproveitar oportunidades de mercado.

O mercado global de Fusões e Aquisições (M&A) movimenta trilhões de dólares, mas sua dinâmica financeira não é uniforme, sendo profundamente influenciada por fatores como a incerteza sobre a condução da política econômica (EPU), que tem propensão em influenciar decisões de investidores e das empresas. Foi com base nestas características que Ronaldo Rodrigues, senior associate da Zaxo, boutique de M&A (Mergers and Acquisitions) empresa especializada em assessorar investidores e companhias em processos de Fusões e Aquisições, decidiu investigar esse cenário de maneira global.

Rodrigues explica que após analisar mais de 20 mil transações realizadas entre 1990 e 2023, nos 18 países com maior capitalização de mercado no mundo, o estudo revelou algo fascinante: a incerteza econômica, ao mesmo tempo em que causa fricções no mercado, pode gerar oportunidades em processos de M&A. “No Brasil, não é diferente. O país se destaca como um dos mercados mais promissores e desafiadores da América Latina nesse aspecto”, comenta.

A pesquisa faz parte da tese de doutoramento de Ronaldo realizada no Programa de Pós-Graduação em Contabilidade da Universidade Federal do Paraná. Para o doutor Cláudio Marcelo Edwars, professor do departamento de Contabilidade da instituição e orientador do estudo, “a pesquisa aponta como a análise aprofundada de dados financeiros mostra como agentes econômicos decidem em cenário de incerteza no mercado de M&A”.

Para Jefferson Nesello, sócio-fundador e diretor da Zaxo, o Brasil não é apenas mais um país emergente; é uma arena onde incertezas políticas frequentemente testam a coragem dos investidores. Mas é exatamente nesse cenário que brilham as melhores oportunidades. “Em momentos de instabilidade, o mercado brasileiro se torna ainda mais estratégico. É quando investidores mais arrojados conseguem negociar prêmios atrativos e, ao mesmo tempo, capturar valor futuro em setores promissores”, observa.

Leonardo Grisotto, também sócio-fundador e diretor da Zaxo, complementa: “Em mercados como o brasileiro, a incerteza frequentemente cria uma janela estratégica para negociações vantajosas. Empresas bem preparadas conseguem transformar esses momentos em oportunidades, especialmente em setores altamente competitivos”.

Incertezas

O estudo apontou que a incerteza econômica exerce um efeito direto no Enterprise Value das aquisições, reduzindo-o em cerca de 6,7% ao ano na média geral. Entretanto, esse resultado pode ser amenizado pelas oportunidades de crescimento dos ativos adquiridos. Para as empresas que possuem maiores opções de crescimento (growth options) o impacto da incerteza da Política Econômica não chega a 1%. Isso demonstra que as oportunidades de crescimento presentes nos ativos são vistas como catalisadoras de valor e reduzem o impacto da incerteza na precificação.

Ao considerar o efeito das oportunidades de crescimento direto no Enterprise Value, para cada 1% de nas growth options em cenário de incerteza, ocorre um aumento de aproximadamente 16% no valor do negócio, significando aumento no prêmio pago nas aquisições em cenários de elevada incerteza econômica.

Essa análise combinada dos fatores, indica que ao mesmo tempo que a incerteza reduz o valor dos negócios, há um aumento no prêmio pago nas aquisições. Rodrigues ainda explica que “em mercados mais competitivos, o efeito das oportunidades de crescimento é mais pronunciado, pois as empresas agem rapidamente devido ao nível de competitividade. Nestes mercados o prêmio pode chegar a 19%. Isso faz com que a incerteza econômica, ao invés de ser apenas um risco, seja percebida como uma oportunidade de criar valor por meio de aquisições estratégicas. Essa dinâmica tem impulsionado negócios importantes no Brasil e no exterior.”

Segundo Rodrigues, “é nos momentos de maior complexidade que surgem as melhores oportunidades”. “Nosso trabalho é ajudar empresas a enxergarem além do óbvio, transformando incertezas em decisões estratégicas que geram valor duradouro”, afirma.