O mercado global de fusões e aquisições (M&A) segue demonstrando vitalidade em 2025, mesmo diante de um cenário internacional marcado por incertezas geopolíticas e instabilidade econômica. De acordo com o relatório mais recente do Institute for Mergers, Acquisitions & Alliances (IMAA), os setores de energia e petróleo e software e tecnologia da informação foram os principais impulsionadores de negócios no quadrimestre, respondendo juntos por quase US$ 115 bilhões em transações.
Especificamente, o setor de energia e petróleo movimentou US$ 40,7 bilhões em 232 operações, consolidando sua posição como uma das verticais mais estratégicas do planeta no atual ciclo de investimentos. O desempenho coloca o setor à frente de segmentos como saúde, consumo, mídia e biotecnologia, revelando uma clara priorização por ativos que estão no centro da transição energética e da segurança energética global.
Entre os destaques das transações em energia, estão aquisições protagonizadas por grupos canadenses nos Estados Unidos, como a Capital Power, que comprou a LS Power, e a Brookfield Infrastructure Partners, que adquiriu a Colonial Pipeline Company. O movimento demonstra a busca por sinergias operacionais, infraestrutura consolidada e acesso a mercados estratégicos de energia.
Já o setor de software e TI liderou em volume financeiro, com US$ 74,3 bilhões distribuídos em 805 operações. Entre elas, destaca-se a aquisição da empresa norte-americana Dotmatics pela alemã Siemens, evidenciando o apetite europeu por tecnologias de ponta.
M&A avança mesmo com cenário internacional adverso
Os dados compilados pelo IMAA abrangem oito setores da economia global e somam US$ 230 bilhões em fusões e aquisições até abril de 2025. O volume robusto chama atenção, sobretudo diante de uma conjuntura internacional desafiadora, marcada por conflitos prolongados em regiões como Ucrânia, Oriente Médio e África, além da guerra comercial entre Estados Unidos e China, agravada por novas tarifas que impactam cadeias produtivas globais.
Segundo os especialistas Leonardo Grisotto e Jefferson Nesello, sócios da Zaxo, boutique brasileira especializada em M&A, a movimentação no setor de energia tem relação direta com sua importância estratégica. “A despeito das turbulências, energia, petróleo e tecnologia continuam recebendo grandes aportes porque são setores estruturantes para qualquer país. O mundo está em transição energética e digital, e os investidores estão atentos a isso”, apontam.
A Zaxo, que registrou recorde de transações em 2024 (com três operações – duas de buy side e uma de sell side, além de uma joint venture), já acumula pipeline de R$ 600 milhões em processos ativos para o mercado brasileiro, refletindo o interesse contínuo de investidores locais e internacionais.
M&A avança mesmo com cenário internacional adverso
Os dados compilados pelo IMAA abrangem oito setores da economia global e somam US$ 230 bilhões em fusões e aquisições até abril de 2025. O volume robusto chama atenção, sobretudo diante de uma conjuntura internacional desafiadora, marcada por conflitos prolongados em regiões como Ucrânia, Oriente Médio e África, além da guerra comercial entre Estados Unidos e China, agravada por novas tarifas que impactam cadeias produtivas globais.
Segundo os especialistas Leonardo Grisotto e Jefferson Nesello, sócios da Zaxo, boutique brasileira especializada em M&A, a movimentação no setor de energia tem relação direta com sua importância estratégica. “A despeito das turbulências, energia, petróleo e tecnologia continuam recebendo grandes aportes porque são setores estruturantes para qualquer país. O mundo está em transição energética e digital, e os investidores estão atentos a isso”, apontam.
A Zaxo, que registrou recorde de transações em 2024 (com três operações – duas de buy side e uma de sell side, além de uma joint venture), já acumula pipeline de R$ 600 milhões em processos ativos para o mercado brasileiro, refletindo o interesse contínuo de investidores locais e internacionais.
Outros setores em destaque
Em número de operações, o setor de produtos de consumo e serviços liderou com 995 transações, totalizando US$ 33,5 bilhões. O volume expressivo de negócios inclui movimentações de grandes marcas, como a aquisição da italiana Versace pela também italiana Prada, destacando a consolidação em segmentos de luxo e varejo.
O setor de saúde e biotecnologia também manteve sua atratividade, com 495 transações que somaram US$ 35,6 bilhões. Destaque para a suíça Novartis, que adquiriu a norte-americana Regulus, e para a compra da SpringWorks, dos EUA, pela alemã Merck. “Ainda que os valores não se comparem aos dos setores de energia e tecnologia, esses segmentos reúnem players globais e altamente inovadores”, analisam Grisotto e Nesello.
O setor de inteligência artificial (IA), apesar de contar com apenas 11 operações, movimentou US$ 3,1 bilhões, revelando o alto valor agregado dessas transações, mesmo com volume reduzido.
Energia em destaque global e no Brasil
O protagonismo do setor energético no mercado de fusões e aquisições é um reflexo direto da transição energética mundial. O movimento abrange desde ativos de infraestrutura tradicional – como redes de dutos e geração térmica – até renováveis, armazenamento e eficiência energética. O interesse crescente por ativos de energia também dialoga com compromissos de descarbonização, pressões regulatórias e aumento da demanda por energia limpa e segura.
No Brasil, especialistas apontam que os processos de M&A no setor devem se intensificar em 2025 e 2026, com o avanço da abertura do mercado livre, movimentações em infraestrutura de transmissão e consolidação em geração distribuída e solar fotovoltaica. “O Brasil é um dos poucos países com base energética majoritariamente renovável, o que o coloca no radar de investidores internacionais”, afirma Nesello.